Rio, 01 - Condenado a sete anos e 14 dias de pris�o no processo do mensal�o, o ex-deputado Roberto Jefferson obteve perd�o da pena no �ltimo dia 22 e se prepara para reassumir em 14 de abril, a presid�ncia do PTB, atualmente ocupada por sua filha, a deputada Cristiane Brasil. Quer voltar ao comando partid�rio ainda durante o processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff, do qual � favor�vel.
Em entrevista ao jornal
O Estado de S. Paulo
, Jefferson, de 62 anos, dispara que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente da C�mara, � o "bandido" que ele diz mais gostar, pois "foi o advers�rio mais � altura do Lula", que "nunca esperou encontrar um bandido da mesma qualidade moral, intelectual que ele".
Jefferson manifestou ainda sua "preocupa��o" com a pris�o da mulher e filha de Cunha. "S�o mulheres bonitas, cheirosas", que v�o ser assediadas por companheiras de cela, "v�o apanhar na cara".
Questionado se tinha conhecimento das irregularidades na Petrobras quando ainda atuava no Congresso, o ex-deputado disse que n�o sabia dos detalhes. A estatal, segundo ele, "sempre foi a empresa elite dos partidos mais poderosos".
"A estatal � a semente da corrup��o no Brasil. Partidos disputam cargos nas estatais para seu financiamento. O que v�o assaltar nos seis meses enquanto durar o processo de impeachment � uma loucura. Vai todo mundo querer fazer caixa, porque ela (Dilma) cai em seis meses", afirmou.
Jefferson disse que o PTB, por ser muito pequeno, nunca pleiteou alguma diretoria ou ger�ncia importante na Petrobras. "O PTB teve a presid�ncia da Eletronorte, a diretoria do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) e aquela diretoria dos Correios".
O ex-deputado disse acreditar que Lula ser� condenado no �mbito da opera��o Lava Jato. "Penso que Lula n�o vai escapar. O mensal�o parou na antessala dele, na Casa Civil. Mas o petrol�o entrou dentro do Pal�cio (do Planalto). Ou esse (Marcelo) Odebrecht fala ou vai levar 30 anos na cadeia", afirmou.
"Marcos Val�rio levou uma martelada de 40 anos. O processo do petrol�o � diferente do mensal�o. O mensal�o surgiu do embate pol�tico, da den�ncia que fiz. No petrol�o n�o tem nem voz da oposi��o. A oposi��o est� em sil�ncio porque muito dos seus est�o comprometidos, tem muita gente da oposi��o enroscada nas empreiteiras", disse. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.