Bras�lia – A ministra da Agricultura, K�tia Abreu, expressou sua discord�ncia sobre a decis�o da Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA) de anunciar apoio formal ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Embora n�o concorde, respeito a decis�o da CNA, que � uma entidade de classe independente", disse. Ela afirmou, ainda, que, como est� licenciada da presid�ncia da entidade, n�o pode interferir nas decis�es da confedera��o.
Apesar disso, a �nica unidade estadual da CNA que se manifestou contra o processo de impeachment foi de Tocantins, estado que elegeu a ministra K�tia Abreu como senadora.
Na manh� desta quarta-feira, o presidente da entidade, Jo�o Martins, afirmou que o setor come�a a ser prejudicado pela crise econ�mica e cobrou um pacto nacional pela recupera��o do pa�s. Ele disse que a ministra se afastou do "produtor rural ao continuar a defender um governo que a cada dia mais est� se desintegrando". Segundo Martins, o estopim para a decis�o foram as declara��es do secret�rio de administra��o e finan�as da Confedera��o dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Aristides Santos, que na semana passada convocou, em evento no Pal�cio do Planalto, invas�es de terras de parlamentares ruralistas.
No governo, a avalia��o vai na mesma linha da justificativa de Martins, de que as entidades que integram a CNA, que tentavam se manter neutras em meio a deteriora��o do cen�rio pol�tico, se viram pressionadas por suas bases depois da fala da Contag. Fontes avaliam que pode haver mais desgaste entre governo e ruralistas a depender do fechamento do Plano Safra. Com o caixa do Tesouro limitado, o governo tem ventilado que pode n�o ter dinheiro suficiente para manter os mesmos recursos subsidiados que colocou no projeto na �ltima safra.