Pedido de Cunha para suspender oitivas visa atrasar trabalhos, diz Marcos Rog�rio

Bras�lia, 06 - O deputado Marcos Rog�rio (DEM-RO), relator do processo disciplinar relativo ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarou nesta quarta-feira, 6, que o peemedebista tenta atrasar mais uma vez os trabalhos do colegiado. A defesa de Cunha protocolou nessa ter�a, 5, um pedido para que oito testemunhas investigadas na Opera��o Lava Jato n�o sejam ouvidas pelo Conselho de �tica. "Acho que � mais uma medida protelat�ria que tenta travar o processo. N�o h� o enfrentamento dos fatos, e sim processual", declarou Rog�rio.

Rog�rio garantiu que o pedido n�o vai interferir no andamento da oitiva agendada para esta quinta, 7, com o empres�rio Leonardo Meirelles. Durante a Lava Jato, ele afirmou � Justi�a do Paran� que tem como comprovar transfer�ncias para contas de Cunha. "N�o � uma peti��o que vai travar os trabalhos. Obviamente que havendo proced�ncia no pedido, ele vai ser analisado, mas isso n�o significa que os trabalhos do Conselho tenham que parar toda vez que a defesa do acusado apresentar uma peti��o", assegurou o relator.

A defesa de Cunha alega que as testemunhas v�o falar de atos que n�o constaram no parecer preliminar do relator. "N�o d� para voc� definir antes de ouvir as testemunhas se elas servem ou n�o ao processo. O que me fez adotar algumas provid�ncias para convidar essas testemunhas foi aquilo que elas j� disseram e que � p�blico, relacionando o representado com rela��o �s contas negadas por ele CPI da Petrobras. N�o estou trazendo essas pessoas com o objetivo de tratar de outros aspectos, se outros assuntos surgirem ser� por conex�o", defendeu.

No in�cio da tarde desta quarta-feira, Rog�rio e o presidente do Conselho de �tica, deputado Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA), se reuniram com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), para garantir o depoimento de testemunhas no processo. De acordo com os deputados, o ministro do STF disse n�o ver problema no depoimento dos investigados na Lava Jato. O Conselho de �tica pretende ouvir, por exemplo, os delatores J�lio Camargo e Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Ambos tiveram acordo de colabora��o homologado por Teori.