O senador A�cio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, afirmou nesta sexta-feira que o partido "se curvou" � realidade do impeachment. O tucano disse que o partido hoje � "100% impeachment", mas frisou que essa n�o era a solu��o defendida como a mais leg�tima entre os integrantes do principal partido de oposi��o do Pa�s.
"Hoje, o caminho que se apresenta aos brasileiros � o caminho do afastamento constitucional da presidente da Republica pelo impeachment e o PSDB, que n�o � benefici�rio direto do impeachment, se curva a essa realidade e � necessidade de retirar a presidente Dilma para que o Brasil possa voltar a crescer", afirmou A�cio.
Ao longo de seu discurso no evento, A�cio chegou a lembrar a campanha de 2014, acusando Dilma Rousseff de ter mentido ao eleitorado, e disse que "bateu na trave" ao quase ter ganhado a disputa contra a petista.
"O impeachment � a possibilidade de um 'distensionamento', quem sabe a constru��o de um governo emergencial que possa avan�ar na dire��o de reformas", prosseguiu A�cio, sem contudo citar diretamente o nome do vice-presidente Michel Temer (PMDB).
A�cio tem evitado falar da composi��o em eventual governo Temer e recha�ado a hip�tese de o PSDB negociar cargos com o peemedebista. J� o senador Jos� Serra � considerado o principal interlocutor do PSDB com Temer e senadores da legenda.
O evento promovido pela For�a Sindical n�o teve um dos focos previstos pela entidade, que era a blindagem, pela oposi��o, de Temer, que ser� benefici�rio da cadeira presidencial, caso seja aprovado o impeachment.
Em conversa com jornalistas, o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da For�a, havia falado que uma das bandeiras do evento de hoje da entidade sindical, al�m da defesa do impeachment, seria o apoio ao peemedebista. Contudo, essa defesa foi deixada de lado ap�s o encontro de lideran�as do PSDB, ocorrido na hora do almo�o no Pal�cio dos Bandeirantes, que teve como foco apenas a defesa do impedimento de Dilma. O secret�rio-geral do PSDB, deputado Silvio Torres, chegou a dizer para jornalistas, ap�s essa conversa, que Temer � uma 'segunda etapa' na luta pelo impeachment.