Apoio de oito diret�rios do PP ao impeachment n�o muda cen�rio, dizem opositores

Bras�lia, 11 - Parlamentares do PP governistas e opositores reconhecem que o an�ncio de oito diret�rios regionais de apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff teve efeito apenas pol�tico, mas, na pr�tica, n�o deve provocar mudan�a pr�tica na posi��o da bancada sobre o assunto.

Nesse domingo, 10, a ala pr�-impeachment divulgou nota informando que os diret�rios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paran�, S�o Paulo, Distrito Federal, Goi�s, Esp�rito Santo e Acre apoiar�o o impeachment. Juntas, as bancadas desses diret�rios possuem 19 deputados federais.

Parlamentares do PP oposicionistas e governistas lembram, no entanto, que a decis�o dos diret�rios foi tomada por maioria, ou seja, nem todos os deputados e senadores desses Estados votar�o a favor do impeachment. Um exemplo � o deputado Nelson Meurer, que � do Paran�, que se declara contra o afastamento de Dilma.

"N�o mudou nada. A diretoria n�o tem controle sobre os votos", afirmou o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Pelas contas do dirigente partid�rio, dos atuais 47 deputados do partido, 25 s�o contra o impeachment e 20 a favor. O restante, afirma, est� no rol dos parlamentares "indecisos".

Um deputado da ala oposicionista do PP que prefere o anonimato vai na mesma linha de Ciro. "Esses diret�rios j� eram a favor do impeachment", diz. Ele, contudo, rebate as contas de Ciro Nogueira e diz que "j� passam de 25" os deputados do PP que s�o a favor do impedimento de Dilma.

Na semana passada, Nogueira afirmou que o PP ainda n�o tirou uma posi��o oficial sobre o tema. E ressaltou que a dire��o do partido n�o "perseguir�" - ou seja, n�o punir� - os parlamentares que votarem de forma diferente da maioria da sigla.

O PP tem negociado tanto mais espa�o no governo Dilma em troca de apoio contra o impeachment, como com o vice-presidente Michel Temer, que assumir� a presid�ncia da Rep�blica caso a petista seja afastada. Nas �ltimas semanas, o partido ganhou v�rios cargos no segundo e terceiro escal�es do governo Dilma.