Bras�lia - O vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira que n�o mudou "um cent�metro do que falava" no passado e que "n�o dizia novidades" na grava��o vazada hoje na qual fala como se a C�mara dos Deputados j� tivesse aprovado a instaura��o do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). "N�o mudarei um cent�metro daquilo que falei no passado. N�o estou dizendo novidades porque s�o teses que tenho sustentado ao longo do tempo", afirmou ele em uma r�pida entrevista.
Na entrevista, Temer repetiu o que pregou na grava��o, como a "pacifica��o absoluta do Pa�s, a unidade do Pa�s, o chamamento de todos os partidos para um governo, digamos, de salva��o nacional" e ainda "a ideia de que devemos prestigiar os setores produtivos, ou seja, trabalhadores e empregadores, a ideia que devemos manter e aprimorar os programas sociais".
Segundo ele, quando ia enviar a grava��o a um amigo, se equivocou e encaminhou o �udio para um grupo, o qual acabou divulgando a mat�ria. "Mas reitero que aquilo que disse seria exatamente o que eu fiz no passado e continuarei a fazer, dependendo do que acontecer no dia 17", disse Temer, salientando que o �udio seria preparado para ser divulgado, eventualmente, antes de o Senado apreciar a abertura do processo contra Dilma que poderia a afastar do cargo. "Verifiquem a grava��o que respeitosamente me dirigi ao Senado Federal, dizendo que cautelosamente temos de aguardar a decis�o do Senado".
Temer reafirmou que independente do futuro do governo seguir� sustentando as mesmas teses e disse n�o acreditar que o vazamento possa alterar o resultado da vota��o do processo de impeachment da presidente, prevista para o pr�ximo domingo.
Indagado sobre as cr�ticas do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, que o chamou de golpista ap�s o �udio ser divulgado, Temer evitou uma resposta. "N�o vou responder. Certas afirma��es n�o merecem, digamos assim a honra da minha resposta".