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Estado de Minas

Gim Argello foi um dos principais articuladores no 1� mandato de Dilma

Gim Argello assumiu a cadeira no Senado em julho 2007 como primeiro suplente de Joaquim Roriz, que renunciou ao cargo depois da repercuss�o de grava��o telef�nica em que ele discutia a partilha de um cheque de R$ 2,3 milh�es


postado em 12/04/2016 08:49 / atualizado em 12/04/2016 09:04

Ex-senador Gim Argello(foto: Jane de Araújo/Agência Senado )
Ex-senador Gim Argello (foto: Jane de Ara�jo/Ag�ncia Senado )
S�o Paulo - O ex-senador Gim Argello (PTB), preso nesta ter�a-feira, 12, na nova fase da Lava-Jato, foi um dos principais articuladores da base governista no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele assumiu a cadeira no Senado em julho 2007, pois era primeiro suplente de Joaquim Roriz, que renunciou ao cargo depois da repercuss�o de grava��o telef�nica em que ele discutia a partilha de um cheque de R$ 2,3 milh�es. Na ocasi�o, a posse de Argello foi questionada por algumas legendas, como o PSOL, em raz�o dele responder na �poca a, pelo menos, seis processos ou inqu�ritos civis e criminais.

Pela boa rela��o com o governo Dilma, em 2014 o petebista protagonizou uma disputa para a indica��o a uma vaga no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). O nome de Gim Argello tinha respaldo do Pal�cio do Planalto e de senadores da base aliada como estrat�gia para aproximar o PTB da campanha � reelei��o da presidente Dilma Rousseff naquele ano. Mas diante das fortes resist�ncias a seu nome, inclusive internas da pr�pria institui��o, ele teve de desistir da indica��o. Isso por conta das investiga��es que envolviam o seu nome e por ter sido condenado pela Justi�a a devolver dinheiro por irregularidades cometidas na �poca em que presidiu a C�mara Legislativa do Distrito Federal, entre 2001 e 2002. Ele sempre negou as irregularidades.

Depois de ter atuado como um dos principais articuladores do governo Dilma em seu primeiro mandato, Gim Argello rompeu com o governo petista nas elei��es para o governo do Distrito Federal, em 2014, quando apoiou o ex-governador Jos� Roberto Arruda (PR), contra o candidato do PT Agnelo Queiroz, num pleito que foi vencido por Rodrigo Rollemberg (PSB). Gim Argello tentava a reelei��o para o Senado federal, mas n�o se reelegeu.

A nova fase da Lava-Jato, deflagrada nesta ter�a-feira e batizada de Vit�ria de Pirro, apura ind�cios de que "destacado integrante" da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) instaurada no Senado Federal e tamb�m da Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI), instaurada no Congresso Nacional, ambas com o objetivo de apurar irregularidades no �mbito da Petrobra, em 2014, teria atuado de forma incisiva no sentido de evitar a convoca��o de empreiteiros para prestarem depoimento, mediante a cobran�a de pagamentos indevidos travestidos de doa��es eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustenta��o. O ex-senador Gim Argello (PTB) era o vice-presidente da CPMI, por indica��o da base do governo no Senado. E participou tamb�m da CPI exclusiva do Senado.

As duas CPIs foram criadas ap�s o jornal O Estado de S. Paulo revelar que a presidente Dilma Rousseff votou a favor da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), quando presidente do conselho de administra��o da Petrobras. O neg�cio � considerado um dos piores da hist�ria da empresa.

Em depoimento de dela��o premiada, o senador Delc�dio Amaral (PT-MS) afirmou que integrantes da CPI mista da Petrobr�s, encerrada em 2014, recebiam propina em dinheiro vivo para evitar a convoca��o de empreiteiros investigados na Lava-Jato. O senador citou Gim Argello (PTB-DF), ent�o vice-presidente da comiss�o, como integrante do n�cleo respons�vel pelo achaque.

Delc�dio contou que reuni�es semanais eram feitas entre os congressistas e os executivos para discutir requerimentos "sens�veis" da CPI e a estrat�gia para derrub�-los. Os encontros ocorreriam nas noites de segunda-feira, alguns na casa de Gim. O petebista seria o coordenador do grupo que pedia dinheiro a empreiteiros.

O diretor financeiro da UTC Engenharia, Walmir Santana, outro delator da Lava-Jato, afirmou que Gim Argello atuaria para que o empreiteiro Ricardo Pessoa n�o fosse chamado a depor na CPMI da Petrobras em 2014. Em contrapartida, Ricardo Pessoa faria contribui��es em favor de pessoas indicadas por Gim Argello.

O nome de Argello apareceu tamb�m na dela��o premiada do empreiteiro da UTC, Ricardo Pessoa, da UTC, como benefici�rio de mais de R$ 4 milh�es, dos cerca de R$ 8 milh�es doados pelas empreiteiras investigadas �s campanhas de pol�ticos da Capital Federal, para abafar apura��o da CPMI.

Na nova etapa da Lava-Jato deflagrada nesta ter�a, a 28ª, Gim Argello foi preso preventivamente. Endere�os do ex-parlamentar foram revistados e dois assessores que trabalharam com ele tamb�m foram alvos da opera��o.


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