
No mesmo dia em que o PP decidiu desembarcar do governo, integrantes da legenda participaram de encontro no Jaburu que tamb�m contou com a presen�a de representantes do PR, PSD e do PMDB, partido liderado por Temer.
"Muitos deputados estavam l�. Foi feita uma verdadeira romaria. Teve at� congestionamento para entrar, uma loucura. Parecia que tinham combinado para fazer um com�cio l�", afirmou o deputado Jos� Priante (PMDB-PA).
O parlamentar foi ao local acompanhado do l�der do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), que na v�spera, logo ap�s a comiss�o especial da C�mara aprovar o processo de impeachment, j� havia se reunido com Temer. Na ocasi�o, Picciani acertou com o vice de liberar a bancada no dia da vota��o do processo de afastamento de Dilma, prevista para ocorrer no pr�ximo domingo, 17.
A libera��o da bancada significa que o partido na C�mara n�o se posicionar� nem contra nem a favor do afastamento de Dilma. Essa "neutralidade" do l�der � considerada, por�m, como um enfraquecimento da estrat�gia do Planalto de barrar o impeachment, uma vez que sem uma orienta��o de bancada a favor do governo, os deputados poder�o votar como quiserem no plen�rio sem correrem o risco de serem alvo de alguma penalidade.
Al�m da libera��o da bancada, Picciani deve ser pressionado a declarar publicamente a posi��o da maioria dos deputados da legenda, a favor do impeachment. Ele, no entanto, deve fazer a ressalva de que, pessoalmente, se mant�m contra a sa�da de Dilma. Uma reuni�o da bancada para discutir o encaminhamento do partido no pr�ximo domingo deve ocorrer nesta quinta-feira, 14, na C�mara.
Ap�s o encontro com Picciani e Priante, ocorrido no in�cio da noite de ontem, Temer se reuniu com um pequeno grupo de deputados do PMDB ainda indecisos. "Foi uma palavra para todos, diante da possibilidade concreta de acontecer o desfecho do impeachment. Ele est� preocupado com a unidade do partido", disse Priante.
Confian�a
Nas rodinhas formadas no Pal�cio do Jaburu ao longo desta ter�a-feira, um dos principais temas de discuss�o foi a decis�o do PP em deixar o governo e apoiar o afastamento de Dilma. "Ofereceram o minist�rio da Sa�de para os caras e centenas de cargos do segundo e terceiro escal�o e eles disseram: N�o! Isso � muito forte", comemorou um integrante do grupo mais pr�ximo do vice-presidente Temer.
Segundo o peemedebista, o clima nas conversas realizadas na resid�ncia oficial do vice-presidente � de muito otimismo. Nos c�lculos das lideran�as do partido, com os votos do PP o n�mero de votos a favor do impedimento deve chegar a pelo menos 350.