Bras�lia, 15, 15 - No primeiro dia da sess�o plen�ria da C�mara que discute o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, parlamentares que acompanharam os discursos da manh� apontaram um tom de resigna��o e desespero nos discursos dos governistas. Para a oposi��o, como os 342 votos a favor do impedimento da petista est�o praticamente consolidados - e com possibilidade de amplia��o -, a percep��o � de que os petistas fazem agora discurso aguerrido, mas voltado para a milit�ncia.
"Eles j� n�o falam mais para a C�mara, falam para a milit�ncia", comentou o vice-l�der do PSDB, Bruno Ara�jo (PE).
A oposi��o creditou o tom elevado do discurso do advogado-geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, na apresenta��o da defesa, ao desespero. "Ele veio por dever de lealdade", disse o tucano Nilson Leit�o (MT). Segundo Leit�o, os votos pr�-impeachment podem variar no domingo entre 375 e 380 votos.
Mesmo com o discurso oficial de que o Pal�cio do Planalto tem pelo menos 180 votos, l�deres partid�rios que votar�o contra o impeachment da presidente Dilma tamb�m falam nos bastidores que dificilmente o governo conseguir� arregimentar 172 votos. "N�o tem mais como", resumiu um deputado.
No in�cio desta tarde, o l�der da bancada do PT, Afonso Florence (BA), apelou em plen�rio para os indecisos. "Aqueles que foram constrangidos para dizer que est�o a favor do impeachment, na �ltima hora, votar�o com a democracia", disse.