Bras�lia, 15 - O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que, apesar da previs�o de abatimento de R$ 65 bilh�es, o Or�amento de 2017 ser� feito de forma "equilibrada", mas que, dadas as frustra��es de receita nos �ltimos anos, foi necess�rio prever as dedu��es.
Para o governo central, o projeto de Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO) de 2017 prev� uma meta fiscal de 0% do PIB. "Com base nas frustra��es frequentes de receita, achamos equilibrado e respons�vel que, caso a receita venha muito abaixo da previs�o, se possa ser reduzida a meta", afirmou.
Segundo Barbosa, o abatimento s� ser� utilizado se persistir o cen�rio de restri��o fiscal, cen�rio com o qual o governo n�o trabalha, e ser� feito para preservar gastos essenciais.
FMI
O ministro comentou a diferen�a nas previs�es feitas pelo Fundo Monet�rio Internacional (FMI) para a d�vida bruta e as apresentadas pelo governo. O fundo prev� que a d�vida chegue a 91,7% do PIB em 2021. "Trabalhamos com medidas de recupera��o de receitas e de controle de gastos que promover�o a recupera��o do super�vit prim�rio em um ritmo mais r�pido do que o FMI prev�", afirmou.
Barbosa disse ainda que as metodologias adotadas pelo fundo e pelo Banco Central s�o diferentes e que a proposta de criar dep�sitos remunerados, que reduzir� a necessidade de opera��es compromissadas, vai gradualmente alinhar os conceitos.
Impasse pol�tico
Barbosa defendeu que o impasse pol�tico criado pelo impeachment seja superado rapidamente para que a economia brasileira possa se recuperar. "Espero que o impasse pol�tico seja superado, respeitando o voto das pessoas e o devido processo legal", completou.
O ministro disse que os quatro anos seguidos de d�ficit podem ser explicados pela frustra��o de receitas enfrentadas pelo governo e repetiu que � preciso uma reforma fiscal que permita reduzir as despesas obrigat�rias. "Temos que evoluir do ajuste de curto prazo para a reforma fiscal de longo prazo. Esse � o nosso compromisso", afirmou. "Dando tempo para a democracia, a democracia resolve."
O ministro defendeu ainda as previs�es feitas pelo governo para o crescimento da economia e da d�vida p�blica nos pr�ximos anos e disse que prever uma redu��o de 3,1% no PIB de 2016 n�o � esperar uma realidade "florida".