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Estado de Minas

Moro solta 'operadores de propina' de Gim Argello em CPIs


postado em 15/04/2016 19:25

S�o Paulo, 15 - O juiz S�rgio Moro mandou soltar nesta sexta-feira, 15, os dois acusados de operar o pagamentos de propinas de R$ 5,3 milh�es a mando do ex-senador Gim Argello (PTB) para evitar a convoca��o de empreiteiros para depor nas comiss�es parlamentares que investigaram irregularidades na Petrobras no Senado e no Congresso em 2014.

Os ex-assessores parlamentares Paulo Roxo e Val�rio Neves Campos foram presos temporariamente na 28� fase da Lava Jato, chamada Vit�ria de Pirro, na �ltima ter�a-feira, 12. O MInist�rio P�blico Federal pediu a convers�o da pris�o deles em preventiva, mas o juiz S�rgio Moro entendeu que a atua��o de ambos era subordinada a Gim Argello.

Segundo as investiga��es, o ex-senador teria negociado o pagamento das propinas de cerca de R$ 5,3 milh�es por meio de doa��es eleitorais ao DEM, PR, PMN e PRTB para evitar que empreiteiros investigados na Lava Jato fossem convocados para depor nas duas comiss�es instauradas em 2014 para investigar as suspeitas de irregularidades em contratos da Petrobras revelados pela Lava Jato.

Para o magistrado, n�o h� �raz�o suficiente para a prorroga��o da pris�o tempor�ria� e por isso os dois foram soltos. Ainda assim, Moro determinou que eles cumpram uma s�rie de medidas restritivas, como a proibi��o de deixar o pa�s, de mudar de endere�o sem avisar a Justi�a e de comparecer a todos os atos do processo.

Em depoimento de dela��o premiada, o senador Delc�dio Amaral (PT-MS) afirmou que integrantes da CPI mista da Petrobras, encerrada em 2014, recebiam propina em dinheiro vivo para evitar a convoca��o de empreiteiros investigados na Lava Jato. O senador citou Gim Argello (PTB-DF), ent�o vice-presidente da comiss�o, como integrante do n�cleo respons�vel pelo achaque.

Delc�dio contou que reuni�es semanais eram feitas entre os congressistas e os executivos para discutir requerimentos �sens�veis� da CPI e a estrat�gia para derrub�-los. Os encontros ocorreriam nas noites de segunda-feira, alguns na casa de Gim. O petebista seria o coordenador do grupo que pedia dinheiro a empreiteiros.

O diretor financeiro da UTC Engenharia, Walmir Santana, outro delator da Lava Jato, afirmou que Gim Argello atuaria para que o empreiteiro Ricardo Pessoa n�o fosse chamado a depor na CPMI da Petrobras em 2014. Em contrapartida, Ricardo Pessoa faria contribui��es em favor de pessoas indicadas por Gim Argello.

Diante das suspeitas, a for�a-tarefa da Lava Jato deflagrou na �ltima ter�a-feira, 12, a opera��o Vit�ria de Pirro, que prendeu Gim Argello e seus dois ex-assessores. Com isso, apenas o ex-senador segue preso em Curitiba.


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