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Estado de Minas

CNA e MST medem for�as em manifesta��es na Esplanada dos Minist�rios


postado em 17/04/2016 18:25

Bras�lia, 17, 17 - O Movimento dos Sem Terra e a Confedera��o Nacional de Agricultura mediram for�as na Esplanada dos Minist�rios durante as manifesta��es deste domingo, 17 hoje. Em campos opostos no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, os grupos foram respons�veis por arregimentar a maior parte dos manifestantes que ocuparam as duas vias de acesso ao Congresso Nacional durante a manh� e tarde deste domingo.

Do lado pr�-impeachment, a maior entidade que representa os ruralistas, a CNA, financiou a vinda de 500 �nibus, partindo de v�rias regi�es do Pa�s. Os manifestantes come�aram a chegar logo cedo nas proximidades da Esplanada e encontraram uma estrutura de recep��o. Frutas, �gua e material de divulga��o, nas cores verde amarelo.

O empenho para aumentar o movimento na rua se repetia no trio el�trico, montado pelo movimento Vem para a Rua. Entre as pessoas convidadas para animar a manifesta��o estava o presidente da entidade, Jo�o Martins da Silva J�nior.

Depois de um discurso curto, recheado de cr�ticas � presidente, Martins Filho contou � reportagem as raz�es para tamanha ofensiva. O setor j� estava descontente com o governo. Mas a gota d'�gua foi a rea��o da presidente ao discurso feito pelo secret�rio de Finan�as e Administra��o da Contag, Aristides Santos, no in�cio de abril, defendendo a invas�o de propriedades.

"Essa mobiliza��o fant�stica foi organizada justamente depois desse epis�dio. Chegarmos aqui em Bras�lia com mais de 22 mil produtores."

Depois de Dilma e Lula, a ministra da Agricultura K�tia Abreu foi a mais criticada. "Ela n�o fez o papel que merecia pela sua origem. Ela optou por apoiar um governo corrupto e n�o representa mais os produtores rurais", disse Martins. O setor ruralista esteve dividido no apoio � ministra desde sua indica��o, no in�cio do governo.

Mas nem todos que estavam na Esplanada no lado pr�-impeachment demonstravam a convic��o do presidente da CNA. A agricultora Laurete dos Santos, de 46 anos, veio de Campo Grande s�bado, em um �nibus fretado por sua cooperativa para engrossar o movimento pr�-impeachment na Esplanada dos Minist�rios. Envergonhada, no entanto, fazia quest�o de deixar claro que n�o queria a sa�da da presidente Dilma Rousseff.

"Sou assentada. Recebi muito desse governo. Vamos trocar a presidente para colocar Michel Temer, que � farinha do mesmo saco, banana do mesmo cacho?" Quando questionada sobre as raz�es que a levaram a vir para a Esplanada, mesmo com tanta convic��o na defesa da presidente, respondeu: "Por causa da cooperativa que quer tir�-la de qualquer forma."

Laurete j� participou de outras manifesta��es. Mas nenhuma com tamanha infraestrutura e organiza��o. Chap�u de aba larga, nas op��es branca, verde ou amarela, uma tenda com �gua, fartura de frutas e um almo�o que, em suas palavras, estava "muito bem feito". "N�o houve correria. Todos comeram bem, com tudo do bom e melhor", completou, numa refer�ncia � tenda montada pela CNA para receber �nibus de todo o Pa�s.

N�o foi � toa que ambulantes reclamavam da pouca movimenta��o. "Achei que venderia tudo rapidamente. Cheguei ao meio-dia e ainda tenho quase 20 quentinhas aqui esperando comprador", afirmou a vendedora Tainara Alves dos Santos.

"Muita gente chegou aqui j� depois do almo�o. E quem quer pode fazer uma pausa e ir at� o ponto de apoio", disse Cec�lia Ara�jo, decoradora que veio com grupo de pecuaristas em �nibus fretado de Araguari, Minas.

O vendedor de sorvetes Crispim Nunes, sem gra�a admitiu: "Pensava que aqui as coisas sairiam mais r�pidas que do lado do MST. Estava enganado. As vendas aqui est�o bem piores, por exemplo, do que na festa da posse."

O presidente executivo do Sindicato de Ind�strias de Farmac�uticos do Estado de Goi�s, Ma�al Henrique Soares, reconheceu que o grande respons�vel por encher o lado pr�-impeachment da Esplanada foi a CNA. A exemplo do presidente da entidade, ele considerou como divisor de �guas o discurso feito pelo representante da Contag em cerim�nia do Pal�cio do Planalto, em abril. "N�o h� d�vida de que a elite ficou contra a presidente", disse.


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