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Estado de Minas

Depois de votar, Jean Wyllys cospe em dire��o do deputado Jair Bolsonaro

O deputado Jean Wyllys disse estar "constrangido" de participar de uma "elei��o indireta, conduzida por um ladr�o, urdida por um traidor conspirador e apoiada por torturadores covardes, analfabetos pol�ticos e vendidos. Uma farsa sexista". "Perderam em 1964, perderam agora em 2016", disse Bolsonaro


postado em 17/04/2016 22:13 / atualizado em 17/04/2016 22:23


Bras�lia, 17 - Ap�s terminar de anunciar o seu voto no plen�rio da C�mara dos Deputados, Jean Wyllys (PSOL-RJ) cuspiu na dire��o do parlamentar Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Por serem do mesmo Estado, os dois votaram no mesmo bloco na C�mara dos Deputados sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em seu discurso, Bolsonaro enalteceu o ex-chefe de um dos �rg�os de repress�o da ditadura militar.

"Perderam em 1964, perderam agora em 2016", disse, fazendo uma refer�ncia ao golpe militar. "Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de S�o Paulo, pela mem�ria do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo ex�rcito de Caxias, pelas For�as Armadas, o meu voto � sim", defendeu Bolsonaro. Ele parabenizou o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dizendo que "ele entrar� para a hist�ria".

(foto: Reprodução/TV Câmara)
(foto: Reprodu��o/TV C�mara)


O deputado Jean Wyllys disse estar "constrangido" de participar de uma "elei��o indireta, conduzida por um ladr�o, urdida por um traidor conspirador e apoiada por torturadores covardes, analfabetos pol�ticos e vendidos. Uma farsa sexista". Ele declarou seu voto contra o impeachment em nome "dos direitos da popula��o LGBT, do povo negro exterminado nas periferias, dos trabalhadores da cultura, dos sem teto, dos sem terra".

Jean Willys (PSOL-RJ) confirmou ter cuspido na cara de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em resposta a um insulto durante a vota��o e disse n�o se arrepender do gesto.

"Na hora em que fui votar esse canalha (Bolsonaro) decidiu me insultar na sa�da e tentar agarra meu bra�o. Ele ou algu�m que estivesse perto dele. Quando ouvi o insulto eu devolvi, cuspi na cara dele que � o que ele merece", explicou Willys.

Indagado se teria sido se arrependido do gesto, ele respondeu: "De jeito nenhum. Eu cuspiria na cara dele quantas vezes eu quisesse e quantas vezes tivesse vontade".

O deputado disse n�o temer um processo por causa do gesto. "Processo merece quem � machista, que � a favor da viol�ncia, quem defende a mem�ria (do coronel Carlos Alberto) Brilhante Ustra, um torturador. Isso deveria escandalizar voc�s, n�o um cuspe na cara de um canalha", justificou.

O parlamentar do PSOL n�o detalhou qual o teor do suposto insulto de Bolsonaro.

Mais cedo, Jean Wyllys j� tinha discutido no plen�rio com o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), membro da bancada evang�lica. O parlamentar carioca disse que Feliciano deveria assumir sua homossexualidade. O deputado paulista retrucou.

Cunha

Wyllys n�o foi o �nico a criticar o presidente da C�mara. Pouco antes, o tamb�m deputado do PSOL Glauber Braga disse que Cunha � um "g�ngster", se dirigindo diretamente para a Mesa Diretora da Casa. "O que d� sustenta��o � sua cadeira cheira a enxofre. Eu voto por aqueles que nunca escolheram o lado f�cil da hist�ria." Ele citou nomes de pol�ticos como Carlos Marighella, morto em 1969 pelo regime militar, para votar n�o.

A Casa, mais uma vez, foi tomada por gritos de "Fora, Cunha!". Outra parlamentar a criticar diretamente Cunha durante o seu voto foi Jandira Feghali (PCdoB-RJ). "Primeiro, quero registrar minha indigna��o, deputado Eduardo Cunha, por ainda v�-lo sentado nessa cadeira, sem reunir condi��es morais para isso. Segundo, a minha indigna��o de v�-lo abra�ado com um traidor da democracia, que � o vice-presidente Michel Temer."


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