Bras�lia, 18 - Principal aliado do vice-presidente Michel Temer no Senado, o presidente nacional do PMDB, Romero Juc� (PMDB-RR), defendeu que o partido n�o fa�a a relatoria do impeachment da presidente Dilma Rousseff, agora que o processo chegou ao Senado.
Antes de se manifestar, Juc� afirmou que falava em nome de Temer e que o vice n�o daria nenhuma declara��o. "Eu defendo que o PMDB n�o relate essa mat�ria, porque o vice-presidente Michel Temer � um interessado direto no procedimento. Acho que deve ser constru�do um entendimento com outros partidos. A ideia � n�o criar nenhum tipo de questionamento ou judicializa��o no Supremo Tribunal Federal", afirmou.
O partido, por ter a maior bancada do Senado, teria direito � relatoria ou � presid�ncia da comiss�o que analisar� o processo. O senador n�o entrou em detalhes sobre qual outro nome poderia assumir a relatoria, nem se h� acordo em torno deste nome.
Ele deixou a tarefa de indica��o para o l�der do PMDB na Casa, Eun�cio Oliveira (CE), que seria o mais cotado para assumir a relatoria do impeachment, mas j� recusou publicamente. Juc� tamb�m afirmou que Temer recebeu a not�cia da aprova��o na C�mara com muita tranquilidade e que, "com responsabilidade", o PMDB vai buscar agora trabalhar com os demais partidos para garantir uma tramita��o democr�tica do processo no Senado.
De toda forma, ele defende que a a��o no Senado seja r�pida, j� que at� a autoriza��o ou nega��o do pedido de afastamento da presidente pela Casa, haveria um v�cuo de poder. "N�o podemos demorar, o Pa�s vai ficar numa zona cinzenta. Vamos ficar vivendo um per�odo que, em tese, temos uma presidente que � questionada pela C�mara dos Deputados e com um pedido de afastamento (pelo Senado) configurado. Portanto, quanto menos incerteza, melhor", defendeu.
O senador tamb�m afastou a possibilidade de serem realizadas novas elei��es. "Essa n�o � uma sa�da que atende � sociedade e nem � Constitui��o. Isso sim seria um golpe. O governo quer mudar a regra agora que o jogo j� est� em curso."