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Estado de Minas

Oposi��o comemorou vit�ria do impeachment com pizza e vinho em Bras�lia


postado em 18/04/2016 13:37

Bras�lia, 18 - A noite de alguns parlamentares pr�-impeachment terminou em pizza, neste domingo, 17. Na mans�o da filha do deputado Her�clito Forte (PSB-PI), no Lago Sul, regi�o nobre de Bras�lia, parlamentares comemoraram o resultado da vota��o da C�mara dos Deputados favor�vel ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. O jantar oferecido por Her�clito, como j� � de praxe, foi regado a vinho.

Convicto da vit�ria, Her�clito participou diretamente das negocia��es em nome do vice-presidente Michel Temer na C�mara e cravou os 367 votos a favor do impeachment. Ele disse que n�o quis participar do bol�o organizado pelo presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da For�a (SP), pois o momento pedia seriedade. No in�cio da vota��o do domingo, j� circulava entre os opositores 100 convites entregues pelo deputado para a comemora��o.

Passaram pelo evento cerca de 50 pessoas, como o ex-ministro do governo Dilma, Mauro Lopes (PMDB-MG), o deputado Rubens Bueno (PR), l�der do PPS, Fernando Coelho Filho (PE), l�der do PSB, Efraim Filho (DEM-PB), Sarney Filho (PV-MA) e Carlos Bezerra (PMDB-MT). O deputado Carlos Marum (PMDB-MS) chegou �s 2 da manh�, depois de um coquetel mais reservado na casa do vice-presidente Michel Temer, com 30 parlamentares.

Durante o bate-papo que foi at� de madrugada na casa de Her�clito, a avalia��o foi de que, caso Luiz In�cio Lula da Silva ainda estivesse na Presid�ncia, n�o teriam conquistado votos importantes para aprovar o impeachment. Mesmo entre os petistas, eles consideram que a grande maioria � lulista e n�o apoia Dilma. Como aliado da presidente, citaram o vice-l�der do governo, Silvio Costa (PTdoB-PE), que chorou com o resultado da vota��o.

Sobre as trai��es que pegaram o governo de surpresa, os deputados da ala oposicionista brincaram com o fato de que o governo ficou at� o �ltimo instante tentando negociar cargos, mesmo com o "barco naufragando, com metade do casco debaixo d'�gua". Alfredo Nascimento (AM), ex-ministro dos Transportes, que votou contra Dilma, teria dito h� alguns dias a um dos deputados que mudaria a sua posi��o por vingan�a.

Apesar de n�o querer se pronunciar publicamente antes de uma defini��o do Congresso sobre o assunto para n�o irritar os senadores, Temer come�a a definir nesta segunda-feira, 18, poss�veis indica��es para minist�rios da sua "cota pessoal", que n�o entrar�o na partilha dos partidos que o apoiaram. Entre as pastas, est�o Fazenda, Justi�a, Casa Civil, Defesa e Secretaria de governo.

A principal preocupa��o agora � de como Temer far� para sinalizar as mudan�as aos empres�rios sem atropelar a decis�o do Senado. L�, aliados do vice-presidente avaliam que o cen�rio � muito diferente da C�mara e que a vit�ria n�o � garantida. Por isso, a estrat�gia � evitar pronunciamentos. "O �udio vazado j� falou tudo o que precisava", comentou um parlamentar. Os peemedebistas reafirmaram que ainda h� resist�ncia do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-RJ), que pretende cumprir todo o rito. Eles calculam que a vota��o deve ocorrer em 17 de maio.

Ap�s a guerra travada para conseguirem os votos necess�rios e dar sequ�ncia ao afastamento de Dilma, alguns dos principais articuladores de Temer na C�mara parecem n�o saber como agir nos pr�ximos 30 dias. Eles temem que o v�cuo no poder at� a vota��o no Senado possa enfraquecer o vice-presidente.

No jantar de Her�clito, os deputados viam como solu��o a ren�ncia da presidente Dilma ou um acordo para um governo de transi��o. Chegaram � conclus�o, no entanto, de que n�o h� interlocutores no governo para este tipo de di�logo.

Em uma roda de conversas, alguns parlamentares tamb�m criticavam a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2015, que determinou que o Senado poderia derrubar uma eventual decis�o da C�mara de abrir um processo contra Dilma.

Isso garantiu uma etapa a mais que pode dificultar o impedimento. Segundo eles, historicamente o Senado mede for�as com a C�mara e poderia decidir contrariar os deputados.


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