Bancada do PMDB na C�mara articula acordo para ajudar Cunha na CCJ

Bras�lia, 27 - A bancada do PMDB na C�mara dos Deputados j� trabalha majoritariamente com a ideia de ajudar o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a se salvar do processo no Conselho de �tica que pode levar � cassa��o do mandato do peemedebista.

A principal ajuda deve vir por meio da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), principal colegiado da C�mara. Este ano, caber� ao PMDB indicar o presidente da comiss�o, respons�vel por pautar a an�lise dos recursos de Cunha ao processo do Conselho de �tica.

A tend�ncia � que a maioria da bancada do partido aceite acordo costurado por Cunha para que o presidente da CCJ neste ano seja um peemedebista aliado dele. Cunha tenta emplacar o deputado Osmar Serraglio (PR) no comando da comiss�o. Serraglio est� "alinhado" com Cunha.

Revezamento

Para viabilizar a elei��o de seu aliado, o presidente da C�mara prop�s acordo para que o deputado federal Rodrigo Pacheco (MG) desista de disputar o comando da CCJ este ano, com a promessa de que ser� apoiado por Cunha e pela bancada na disputa pelo posto no pr�ximo ano.

Em seu primeiro mandato, Pacheco seria indicado pelo l�der do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ), que rompeu politicamente com Cunha ap�s se aproximar da presidente Dilma em outubro de 2015. Agora, tanto Picciani quanto Pacheco j� se mostraram dispostos a negociar acordo proposto por Cunha.

Segundo aliados do l�der peemedebista, Picciani j� avisou que, se Pacheco aceitar o acordo com Serraglio, ele n�o deve opor. "Se for uma solu��o que pacifique a bancada, aceito o acordo", disse o deputado fluminense a outros deputados em reuni�o nesta quarta-feira.

Peemedebistas aliados de Cunha dizem que a bancada precisa ajud�-lo a resolver seu caso ainda no Conselho de �tica, evitando que o processo chegue ao plen�rio da C�mara. Caso isso aconte�a, aliados do presidente da Casa reconhecem que as chances de ele se salvar s�o muito pequenas.

Mentira

Cunha � alvo de processo no Conselho de �tica sob a acusa��o de ter mentido em 2015 � CPI da Petrobras ao dizer que n�o possu�a contas secretas no exterior. A informa��o foi confrontada pela Opera��o Lava Jato, que aponta que o peemedebista tem contas n�o declaradas na Su��a que foram abastecidas com propina desviada da Petrobras.

O processo j� se arrasta desde novembro do ano passado e, atualmente, est� na fase de coleta de provas e oitiva de testemunhas. Cunha nega as acusa��es.