
Diante dos avan�os do processo de impeachment no Senado, o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu nesta quarta-feira com o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, e o presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG). O encontro entre os tr�s ocorreu na resid�ncia oficial do Senado e durou cerca de 20 minutos. Apesar do pouco tempo, uma reuni�o pr�via entre o vice e o tucano ocorreu antes das tratativas com Renan. "Foi uma visita de cortesia reiterando a sua inten��o de ampliar as conversas com o PSDB e faz�-las como deve ser feita, institucionalmente", disse o tucano.
Depois de se reunir com A�cio, Temer chegou � resid�ncia oficial do Senado por volta das 11h20, cerca de uma hora antes do tucano tamb�m se dirigir ao local. Apesar de o vice evitar dar declara��es � imprensa, Renan fez quest�o de abrir as portas da resid�ncia para que cinegrafistas e fot�grafos registrassem o encontro dos tr�s.
Ap�s as conversas, o senador A�cio Neves afirmou que Renan, na presen�a do vice-presidente, questionou sobre as inten��es do PSDB num futuro governo Temer. "O que ele busca saber s�o as inten��es do PSDB especificamente em rela��o ao apoio a essa agenda. Qual � a inten��o do PSDB em rela��o ao governo Michel", disse A�cio.
"Disse a ele de forma muito clara que temos compromisso com o Brasil. Tamb�m conversamos sobre a tramita��o do processo de impeachment, e ele ficou, a meu ver, feliz com a indica��o e aprova��o do senador Ant�nio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo na comiss�o especial", emendou o tucano.
Segundo ele, Renan voltou a afirmar que a vota��o do processo de impeachment na comiss�o especial ocorrer� entre os dias 10 e 12 de maio. Caso seja aprovada a admissibilidade do processo, Dilma � afastada do mandato pelo prazo de at� 180 dias. Questionado sobre a participa��o no futuro governo Temer, A�cio ressaltou que, pessoalmente, preferiria dar apoio apenas dentro Congresso.
"N�o condicionaremos em nenhum momento o apoio a essa agenda de emerg�ncia para o Brasil � participa��o no governo. Eu preferiria e me sentiria mais confort�vel se esse apoio fosse congressual. Se n�s pud�ssemos dar uma apoio efetivo a uma agenda de reforma que esse governo do PT n�o fez, sem a necessidade de participar do governo. N�s dar�amos o exemplo, uma sinaliza��o clara de que o presidente Michel deve montar um governo acima da l�gica de distribuir minist�rios para partidos pol�ticos ou para grupos de poder dentro do Congresso Nacional", afirmou.
Com a possibilidade de Temer assumir a presid�ncia da Rep�blica, o PMDB deve acumular tamb�m o comando do Senado e da C�mara. Esse cen�rio tem sido alvo de cr�ticas de integrantes da oposi��o e de partidos que devem compor a nova coaliza��o num futuro governo. Segundo A�cio, a discuss�o sobre a sucess�o das duas Casas, prevista para ocorrer no in�cio do pr�ximo ano, n�o tem, contudo, sido realizada neste momento.
"N�o conversamos em nenhum momento sobre elei��es internas na C�mara e no Senado que seguem uma l�gica pr�pria do conjunto de for�a. Essa negocia��o n�o deve ser externa ao Congresso", defendeu.