Bras�lia, 12 - O ministro da Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, Edinho Silva, afirmou em nota que a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma "� um golpe irrepar�vel" e anunciou a sua demiss�o da pasta. "Lamentavelmente, o Brasil amanhece hoje um pa�s cuja democracia est� enfraquecida. Este desvirtuamento dos procedimentos pelas pr�prias institui��es brasileiras tem um s� nome: golpe irrepar�vel contra a ordem democr�tica", disse.
Segundo Edinho, o afastamento da presidenta Dilma n�o significar�, "de maneira nenhuma, resigna��o", que eles continuar�o trabalhando "para que essa imensa injusti�a cometida seja revertida" e que a presidente n�o tem o perfil de desistir. "Dilma acredita nas causas pelas quais lutou toda a vida e ir� at� o fim na busca por justi�a e na defesa da democracia. Sem d�vida, neste percurso, ter� ao seu lado uma verdadeira legi�o de militantes, apoiadores e simpatizantes engajados na causa democr�tica", disse. "A luta � longa."
Ao comunicar que deixa a partir desta quinta-feira, 12, o cargo de ministro-chefe da Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, Edinho disse ter feito parte de um governo "comandado por uma mulher honesta e honrada, injustamente afastada do cargo". "Estou convicto de que, nos 14 meses em que estive � frente deste minist�rio no governo Dilma, cumpri meu dever como homem p�blico com dedica��o e lisura, preceitos que t�m orientado minha vida", afirmou.
O petista disse ainda que "h� tr�s d�cadas" faz parte de um projeto de pa�s do qual se orgulha. "Um projeto, com Lula e Dilma, que tirou milh�es de brasileiros da mis�ria e que promoveu crescimento com justi�a social", afirmou.
Para Edinho, a decis�o tomada hoje pelo Senado � um "passo atr�s" e torna ainda mais necess�rio "um pacto entre os brasileiros para defender os avan�os hist�ricos". "� urgente a constru��o de uma alian�a nacional, na busca das reformas, iniciando-se pela reforma pol�tico-partid�ria, tornando o Brasil mais republicano, politicamente mais participativo e representativo", afirmou, ressaltando que � preciso "superar as mazelas do nosso modelo de financiamento pol�tico-eleitoral e partid�rio."