Adriano Ceolin, 12 - Terminada a fase de admissibilidade do impeachment no Congresso, os pr�ximos passos s�o a posse do presidente interino Michel Temer e a abertura do julgamento no Senado cujo prazo m�ximo � de at� 180 dias.
Por volta de 10h, a presidente Dilma Rousseff deve ser oficialmente notificada sobre a decis�o do Congresso. A miss�o caber� ao primeiro-secret�rio do Senado, Vicentinho Alves (PR-TO), que deve em seguida notificar o vice-presidente Michel Temer, no Pal�cio do Jaburu.
Em seguida, a presidente Dilma deixa oficialmente o Pal�cio do Planalto. Ela deve fazer um discurso acompanhada de seus ministros, que tamb�m deixam os cargos. Apesar de suspensa de suas fun��es como presidente, Dilma vai morar no Pal�cio da Alvorada at� o julgamento final do impeachment. Ela ter� direito a seguran�a, assist�ncia m�dica, transporte e um gabinete pessoal com alguns assessores.
A presidente deve sair pela porta da frente do Planalto e ser� acompanhada por assessores e ministros. Representantes de movimentos sociais e militantes do PT e do PCdoB tamb�m devem comparecer. A pedido do ex-presidente Lula, ela desistiu de descer a rampa do Planalto como estava previsto na semana passada.
�s 15h, o presidente interino Michel Temer anuncia suas primeiras medidas � frente do comando do Pa�s. Ele deve estar acompanhado de l�deres dos partidos que apoiaram o impeachment.
� prov�vel que ainda nesta quinta Temer assine uma Medida Provis�ria que prev� a redu��o do n�mero de minist�rios, de 32 para 22. A posse dos novos ministros deve ocorrer na sexta-feira, 13. Para o Minist�rio da Fazenda, Henrique Meirelles, j� foi confirmado. A Casa Civil deve ser chefiada por Eliseu Padilha. J� a pasta de Rela��es Exteriores ficar� com Jos� Serra, senador pelo PSDB paulista.
Para as 16 horas, est� marcada a posse do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, como presidente do Senado para conduzir o julgamento de impeachment. A ele caber� a decis�o sobre recursos durante a instru��o do processo contra Dilma. O calend�rio do julgamento deve ser definido pelo presidente da comiss�o especial, Raimundo Lira.
Fora o julgamento do impeachment, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), manter� suas fun��es como chefe da C�mara Alta. Nos pr�ximos dias, ele deve dar in�cio �s discuss�es para convoca��o extraordin�ria do Congresso durante o recesso parlamentar de julho. A ideia conta com o apoio de Lewandowski e, sobretudo, de Michel Temer.
Os tr�s desejam terminar o julgamento do impeachment de Dilma por crime de responsabilidade bem antes do prazo m�ximo de 180 dias. O mais prov�vel � que dure a metade desse per�odo.