Bras�lia, 13 - O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, avaliou que o segundo pedido de abertura de inqu�rito contra o senador A�cio Neves (PSDB-MG) n�o tem a ver com as investiga��es da Opera��o Lava Jato e, por isso, tamb�m deveria ser redistribu�do a outro relator. O ministro encaminhou o caso para a an�lise do presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, e sugeriu que o segundo pedido tamb�m ficasse com o ministro Gilmar Mendes.
Para Teori, a investiga��o sobre se houve manipula��o de dados do Banco Rural para esconder o mensal�o mineiro durante a CPI dos Correios, tem conex�o com o inqu�rito aberto por Gilmar sobre o suposto envolvimento de A�cio com o esquema de propina em Furnas.
"Diante da correla��o direta dos fatos narrados neste procedimento com aqueles descritos em inqu�rito redistribu�do nesta data, submeto o caso � Presid�ncia desta Corte, para an�lise de poss�vel redistribui��o do presente procedimento ao Ministro Gilmar Mendes", diz o despacho de Teori.
Os dois pedidos de investiga��o foram feitos pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, a partir da dela��o premiada do senador cassado Delc�dio do Amaral (sem partido - MS). Por isso, inicialmente, os casos foram enviados a Teori, j� que ele � o respons�vel pela Opera��o Lava Jato na Corte.
Esse segundo inqu�rito sobre a CPI dos Correios tamb�m envolve o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).
Caber� a Lewandowski decidir se encaminha o caso a Gilmar. Se tamb�m relatar o caso, o ministro ter� que decidir se abre ou n�o o segundo inqu�rito contra A�cio.
Gilmar autorizou a abertura de investiga��o sobre o caso de Furnas, mas nesta quinta suspendeu as dilig�ncias requeridas e remeteu o caso para ser reavaliado pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. O ministro tomou a decis�o depois da manifesta��o da defesa de A�cio, que alegou que n�o havia elementos novos para a abertura do inqu�rito.
Em nota, o senador tucano afirmou que as informa��es da dela��o de Delc�dio em rela��o a atua��o na CPI dos Correios s�o "improcedentes, caluniosas e sem qualquer tipo de comprova��o na realidade".
Sampaio disse que procurou a PGR para apresentar esclarecimentos e documenta��es sobre o assunto. O deputado sustenta que n�o h� motivos para ele ser investigado.
Tamb�m em nota, Paes afirmou estar "� disposi��o da Justi�a para prestar esclarecimentos sobre o epis�dio".