
O PT tamb�m abriga diferentes posi��es sobre a forma de tratar, a partir de agora, projetos que sempre defendeu, como a recria��o da Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF). A inten��o de reeditar a CPMF como "imposto tempor�rio" foi anunciada na sexta-feira, 13, pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
"Nada do que vier desse governo ileg�timo ser� aprovado por n�s. Faremos oposi��o ferrenha", afirmou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Nem todos, por�m, t�m a mesma opini�o. "Em princ�pio, o que n�s defend�amos antes, continuaremos defendendo. Se os recursos da CPMF forem vinculados � sa�de, a proposta pode ter nosso apoio. Sou favor�vel a isso", disse o ex-l�der do governo no Senado Humberto Costa (PT-PE), que foi ministro da Sa�de no primeiro mandato de Luiz In�cio Lula da Silva.
O modelo da oposi��o petista ser� discutido nesta segunda, 16, na reuni�o da Executiva do partido, e tamb�m na ter�a, quando haver� encontro do Diret�rio Nacional, em Bras�lia, com a presen�a de ex-ministros, governadores e prefeitos. Lula foi convidado, mas no domingo, 15, informou que n�o poder� comparecer.
Antes de o impeachment ser aprovado pelo Senado, em primeira vota��o, Dilma chegou a cogitar a possibilidade de enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para encurtar o seu mandato. Seria uma tentativa de fazer um aceno para o di�logo com outras for�as e, ao mesmo tempo, de "emparedar" Temer.
Recuo
Dilma desistiu de enviar a proposta porque a CUT e o MST foram contr�rios � ideia. Agora que ela n�o tem mais a caneta na m�o, uma ala do PT quer avalizar uma proposta em tramita��o no Senado, que prev� elei��es presidenciais em outubro, m�s das disputas municipais.
A chance de aprova��o de um projeto assim � remota, mas correntes do PT julgam necess�rio movimentar o debate pol�tico e constranger Temer. Mais uma vez, h� diverg�ncias. "N�o � o momento de tratar disso. Temos de fazer a defesa do mandato de Dilma, lutar pelo 'Fora Temer' e cuidar das elei��es para prefeituras", disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). "Essas devem ser nossas prioridades."