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Estado de Minas

PT n�o inventou corrup��o, mas sistematizou atua��o partid�ria, acusa Delc�dio


postado em 17/05/2016 00:37

S�o Paulo, 17 - O senador cassado Delc�dio Amaral (sem partido-MS) disse que o PT "n�o inventou a corrup��o na Petrobras". O ex-parlamentar, que atuou durante d�cadas no setor energ�tico, afirmou, contudo, que, com o Partido dos Trabalhadores, houve uma "sistematiza��o" da atua��o partid�ria para operar desvios na Petrobras e em outras estatais.

"Realmente, esse processo foi num crescendo. Qual a diferen�a (em rela��o a governos anteriores)? Come�ou a haver uma esp�cie de atua��o sist�mica nas diretorias e atua��o partid�ria muito mais ampla, concatenada, com participa��o das principais lideran�as partid�rias que compunham a base do governo Lula e Dilma. Deu no que deu", afirmou o senador cassado no programa Roda Viva, da TV Cultura.

Segundo Delc�dio, desde o governo FHC, Itamar e anteriores, havia corrup��o nas estatais, mas n�o de forma t�o sistematizada. Para explicar, ele relatou que governos anteriores ao PT n�o chegavam ao "detalhe" de indicar gerentes e chefes de departamento ligados a partido. "O diretor ajustava sua equipe, n�o tinha isso de colocar em todos os espa�os algu�m ligado a partido".

Lula e Dilma sabiam

Questionado se corroborava a afirma��o de que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e a presidente afastada Dilma Rousseff sabiam do esquema de corrup��o, Delc�dio repetiu que sim. Para o ex-senador, a argumenta��o de que Lula n�o sabia dos desvios ou que Dilma recebeu um parecer "falho" para decidir sobre o investimento na refinaria de Pasadena � assumir que as pessoas s�o "idiotas". "Tenha paci�ncia, � achar que todo mundo � ignorante, idiota. A Petrobras sempre foi do presidente."

Presidente do Conselho da Petrobras � �poca da aquisi��o de Pasadena, Dilma alegou ter recebido um parecer falho da diretoria Internacional para chancelar o neg�cio. Segundo o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), a compra da refinaria rendeu um preju�zo de quase US$ 800 milh�es � Petrobras.

"Nas estatais, especialmente na Petrobras, n�o h� a possibilidade de voc� levar um processo (parecer) incompleto pra diretoria, pro conselho de administra��o", afirmou Delc�dio ao citar todas as inst�ncias internas da companhia pelas quais passam esse tipo de documento.

Questionado se a ent�o presidente da Rep�blica mentiu sobre o caso, Delc�dio respondeu afirmativamente. "Absolutamente, ela n�o assumiu a responsabilidade que era dela."

Delc�dio repetiu tamb�m a alega��o que, sob comando direto de Dilma, negociou a indica��o de Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justi�a (STJ) em troca da decis�o favor�vel a libera��o da pris�o de empreiteiros implicados na Opera��o Lava Jato.

Segundo o ex-senador, ele cobrou em conversa com Navarro, no t�rreo do Pal�cio do Planalto, em uma "salinha", que ele cumprisse o compromisso de liberar determinadas pessoas que estavam presas em Curitiba. "Ele disse: Sei muito bem da minha tarefa. Eu fui chamado na �poca de mentiroso, mas o tempo � o juiz das coisas. O Marcelo Odebrecht, em dela��o agora, confirmou essa hist�ria", disse.

Sobre Lula, Delc�dio repetiu que o petista pediu que ele solucionasse o "problema" com Nestor Cerver� - que estava preso e com suspeita que fecharia acordo de dela��o. "Ele (Lula) me disse: precisamos resolver essa quest�o."

A�cio e PMDB

Apesar de confirmar a informa��o de que o senador A�cio Neves (MG), presidente do PSDB, teria envolvimento nos desvios de Furnas, Delc�dio evitou frisar a suposta culpa do tucano. Disse apenas que, com a evolu��o da Lava Jato, a quest�o vai se esclarecer, pois Furnas � a "joia da Coroa" - tem atua��o no setor energ�tico do Sudeste, a regi�o mais valorizada do Pa�s - e h� muita informa��o nas investiga��es sobre desvios envolvendo ela. "N�o est� t�o dif�cil rastrear de onde vem, pra onde vai e quem recebe. As evid�ncias e o hist�rico de Furnas s�o inapel�veis."

A respeito do PMDB, Delc�dio disse que o partido teve uma "posi��o proeminente" nos desvios em estatais. "Isso vai aparecer nitidamente", disse ao citar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) - a quem chamou de "cangaceiro", o senador licenciado e agora ministro do Planejamento, Romero Juc� (PMDB-RR) e o senador Edison Lob�o (PMDB-MA).


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