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Estado de Minas

Odebrecht quer Dilma, Mantega e Palocci como suas testemunhas na Lava Jato


postado em 17/05/2016 16:49

S�o Paulo, 17 - Menos de uma semana ap�s ser afastada temporariamente da presid�ncia da Rep�blica por decis�o do Senado, Dilma Rousseff (PT) foi arrolada como testemunha do maior empreiteiro do Pa�s, Marcelo Odebrecht, na Lava Jato. O nome da petista aparece em �ltimo na lista de 15 pessoas que o empreiteiro, j� condenado h� 19 anos e quatro meses de pris�o em uma das a��es penais da Lava Jato, arrolou como testemunhas que a defesa considera serem "imprescind�veis" de serem ouvidas.

Al�m da petista, Odebrecht solicita como testemunhas os ex-ministros da Fazenda nos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci e Guido Mantega, respectivamente, al�m do ex-ministro da Secretaria de Comunica��o no governo Dilma, Edinho Silva.

Ao arrolar Dilma, Mantega, Palocci, Edinho e mais onze pessoas como suas testemunhas, o empreiteiro n�o explica o que espera que tais autoridades digam a seu favor perante a Justi�a. O juiz S�rgio Moro, respons�vel pela Lava Jato em 1� inst�ncia, pode exigir que o empreiteiro explique a raz�o de ter arrolado tais pessoas, a exemplo do que fez com outros r�us que chamaram pol�ticos e at� ministros para suas defesas na Lava Jato.

A lista de testemunhas faz parte da defesa pr�via de Odebrecht, primeira manifesta��o dos advogados do empres�rio ap�s a den�ncia contra ele ser aceita pelo juiz S�rgio Moro.

Os advogados do executivo pedem, inicialmente, que ele seja absolvido das acusa��es e que, caso o juiz Moro siga com a a��o, sejam ouvidas as testemunhas dele. Nesta a��o penal, Marcelo Odebrecht � acusado de liderar o "departamento de propinas" da Odebrecht, revelado pela Opera��o Xepa, 26� fase da Lava Jato.

Segundo o Minist�rio P�blico Federal (MPF), o empreiteiro tinha conhecimento do departamento e, inclusive, teria atuado para desmont�-lo e proteger os funcion�rios das investiga��es.

Ao todo, s�o 12 r�us acusados de forma��o de organiza��o criminosa, lavagem de dinheiro e corrup��o, incluindo o publicit�rio Jo�o Santana e sua s�cia e mulher M�nica Moura, marqueteiros das campanhas eleitorais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014).

Tamb�m foi denunciada Maria L�cia Tavares, ex-secret�ria que atuava no Setor de Opera��es Estruturadas, nome oficial do "departamento de propinas" da Odebrecht. Ela fez acordo de colabora��o e revelou como funcionava o esquema de pagamentos il�citos da empreiteira.

Nesta acusa��o, o Minist�rio P�blico Federal delimitou a den�ncia aos repasses do setor de propinas para o casal de marqueteiros, que teriam recebido US$ 6,4 milh�es no exterior de contas atribu�das � Odebrecht e R$ 23,5 milh�es no Brasil.

Al�m dos funcion�rios do setor da empreiteira, que tinham um software pr�prio para fazer a contabilidade da propina e um outro, chamado Drousys, em que eles se comunicavam por apelidos, o MPF afirma na den�ncia que dois doleiros tamb�m teriam atuado para o "departamento da propina", por meio de opera��es d�lar-cabo, nas quais eles recebiam repasses da Odebrecht no exterior e disponibilizavam em dinheiro vivo no Brasil.

Ao todo foram 45 pagamentos aos marqueteiros no Brasil, de 24 de outubro 2014, ainda durante o per�odo eleitoral, at� 22 de maio 2015, "o que mostra um acinte em rela��o � Justi�a", afirmou o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, ao explicar a acusa��o. "Eles (Odebrecht) n�o paravam de cometer crimes, o que refor�a a necessidade da manuten��o da pris�o de Marcelo Odebrecht", seguiu Dallagnol, que fez duras cr�ticas � postura da empreiteira ao longo das investiga��es.

A den�ncia do setor de propinas n�o tem rela��o com a Petrobras. As investiga��es da Lava Jato revelaram que o setor de propinas movimentou muito mais dinheiro, sem rela��o com a estatal petrol�fera, e para muitos outros destinat�rios envolvendo inclusive outras obras da empresa. Estes casos ainda est�o sob investiga��o.


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