Bras�lia, 18 - Depois de protestos de artistas e trabalhadores por conta da fus�o do Minist�rio da Cultura com o da Educa��o, o presidente em exerc�cio, Michel Temer, divulgou um �udio para dizer que atendeu a um clamor da sociedade ao reduzir o n�mero de pastas e que conversou com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para garantir o pagamento de d�bitos atrasados.
"H� um d�bito, o setor da cultura brasileira, no minist�rio da Cultura, que est� em torno de R$ 220 milh�es a R$ 230 milh�es. Eu acabei de falar com ministro Meirelles para que n�s possamos fazer o pagamento desses valores atrasados", afirmou, ressaltando que a medida � uma forma de "prestigiar a cultura brasileira".
Temer disse ainda que esse � apenas "um dos d�bitos existentes com o passado". "Esses d�bitos ser�o saldados, portanto, prestigiando a cultura brasileira", refor�ou.
O presidente em exerc�cio, que divulgou o �udio logo ap�s a coletiva do ministro Mendon�a Filho e do rec�m-anunciado Secret�rio Nacional de Cultura, Marcelo Calero, disse ainda que "seguramente no or�amento do ano que vem vamos aumentar o valor destinado � cultura, tamanha a import�ncia deste setor". "N�o � o fato de ser ou n�o ser minist�rio que reduz a atividade da cultura no pa�s", completou.
Temer iniciou sua fala destacando que durante muito tempo o clamor popular pedia a redu��o de minist�rios e que agiu como resposta a essa press�o. "A exig�ncia para redu��o, para racionaliza��o do servi�os, foi fruto de uma press�o da sociedade", disse. "N�s reduzimos minist�rios sem elimin�-los. Na verdade o que fizemos foi uma racionaliza��o de trabalhos e atividades", completou.
A integra��o da Cultura, destacou Temer, j� existiu no passado. "Tanto que quando se fala em Minist�rio da Educa��o hoje se fala em MEC, que � minist�rio da Educa��o e Cultura", disse. "Quando trouxemos a cultura para a �rea de educa��o n�o foi para reduzir a atividade cultural no Brasil, pelo contr�rio at�, haver� uma potencializa��o da cultura brasileira", afirmou.
Segundo o presidente em exerc�cio, a cultura brasileira "ser� prestigiada". Ele citou a Lei Rouanet e afirmou que ela ser� incentivada. "A lei Rouanet continua com os mesmos atributos, vamos at� incentivar a sua aplica��o", disse.