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Estado de Minas

Cunha demonstra for�a contra cassa��o


postado em 19/05/2016 09:01

Bras�lia, 19 - A decis�o do presidente em exerc�cio Michel Temer de manter aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nos postos de comando da C�mara fortaleceu o parlamentar. A avalia��o no Congresso � de que a confirma��o ontem do deputado Andr� Moura (PSC-SE) como l�der do governo, a perman�ncia de Waldir Maranh�o (PP-MA) na presid�ncia da Casa e as recentes mudan�as de integrantes do Conselho de �tica ampliaram as chances de Cunha escapar da cassa��o do mandato.

Moura foi confirmado l�der do governo ontem. Trata-se do principal cargo da C�mara, depois da presid�ncia, por fazer a interlocu��o direta entre o Executivo e a Casa. A decis�o de Temer foi um claro aceno ao centr�o, bloco idealizado por Cunha formado por 225 deputados de 12 partidos. A alternativa era Rodrigo Maia (DEM-RJ), que era apoiado pelas legendas que faziam oposi��o ao governo Dilma Rousseff. Al�m do apoio majorit�rio dos deputados, a escolha de Temer foi influenciada pelo aval de Cunha.

Ap�s a nomea��o, Moura minimizou a rela��o com o peemedebista e disse que ele n�o ter� "influ�ncia nenhuma" em sua atua��o. "Quero dizer que estou aqui nesta Casa h� seis anos e durante esse per�odo constru� um bom relacionamento com v�rias pessoas. O trabalho que fizemos durante o impeachment foi fundamental para obter os votos necess�rios para a aprova��o do processo na C�mara, isso permitiu que eu tivesse o apoio de 13 partidos."

Nesses primeiros dias de governo Temer, por�m, o centr�o j� come�ou a operar para tirar do Conselho de �tica parlamentares que vinham, ap�s decis�o do Supremo Tribunal Federal, hesitando em votar a favor de Cunha. Em dois dias, tr�s parlamentares renunciaram � vaga. Cac� Le�o (PP-BA) - que no primeiro momento era favor�vel ao peemedebista - abandonou o colegiado alegando desgaste em seu Estado ao se manter ao lado do peemedebista. Ele foi substitu�do por Andr� Fufuca (PP-MA), voto garantido ao peemedebista.

Outro a deixar o colegiado ontem foi Erivelton Santana (PEN-BA), alegando que a vaga � do PSC. Caber� ao partido de Moura escolher o substituto.

Do grupo que deixou o colegiado s� Ricardo Barros (PP-PR) n�o renunciou por press�o - ele virou ministro da Sa�de. O substituto � Nelson Meurer (PP-PR), que tende a votar favoravelmente ao peemedebista.

Tutela

A op��o de Temer de avalizar a decis�o da Casa de manter Maranh�o sob tutela do centr�o tamb�m tende a ajudar Cunha. O motivo � que caber� ao presidente interino colocar em pauta a vota��o do processo e definir qual recurso da decis�o do Conselho de �tica poder� ser submetido ao plen�rio.

"A verdade � que Cunha continua operando na Casa e agora dentro do governo. Michel Temer est� ref�m de Eduardo Cunha", disse o vice-l�der do PSOL, Chico Alencar (RJ). PSOL e Rede s�o autores da representa��o contra Cunha no conselho. "Minha sensa��o � que, com o governo Temer, o poder de Eduardo Cunha aumentou consideravelmente, com aliados em postos-chave e mantendo o poder sobre a Casa", avaliou o l�der da Rede, Alessandro Molon (RJ).

As movimenta��es na Casa e no conselho fizeram com que o grupo que defende a cassa��o de Cunha come�asse a fazer contas e a considerar um cen�rio de derrota do parecer de Marcos Rog�rio (DEM-RO). Apesar disso, o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA) continua sendo crucial para o destino de Cunha.

Se o colegiado votar pela cassa��o, o peemedebista tem dois recursos contestando o processo para serem julgados na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a e poder� apresentar novos pedidos. Na CCJ, Cunha ter� a colabora��o do colega Osmar Serraglio (PMDB-PR) para dar celeridade �s suas demandas.

Cunha dep�e hoje no colegiado cercado de aliados e com a promessa de fazer um discurso de confronto direto. Para comportar a demanda, foi reservada uma sala maior e a sess�o no plen�rio foi cancelada. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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