Em defesa de Cunha, deputado do Solidariedade faz cr�ticas a J�lio Delgado

Bras�lia, 19 - Em defesa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Wladimir Costa (SD-BA) fez duras cr�ticas ao deputado J�lio Delgado (PSB-MG), afirmando que ele, assim como o peemedebista � acusado, "mentiu na CPI da Petrobras". A insinua��o de que Delgado teria recebido R$ 100 mil da UTC Engenharia gerou um princ�pio de tumulto na sess�o do Conselho de �tica que ouve Cunha, nesta quinta-feira, 19. Segundo Costa, at� o momento n�o h� provas de que Cunha mentiu sobre ter dinheiro no exterior. Para ele, Delgado "fez muito pior".

"Se tenta aqui condenar o deputado Eduardo Cunha por ser usufrutu�rio de um truste, ent�o tem de mudar a legisla��o, pois nada prova que ser usufrutu�rio seja crime", afirmou. Costa disse que Delgado se considera "o senhor da verdade", tratando o deputado "a ferro e fogo", mas "mentiu na CPI da Petrobras". "O que voc� fez com esses R$ 100 mil? Longe de mim querer o senhor longe daqui. Se vai cassar Cunha, tem de cassar o colega. Bombardeia o Eduardo, mas que moral o senhor tem? Aparentemente o senhor est� mais sujo que pau de galinheiro", criticou.

O deputado do PSB � um dos principais desafetos pol�ticos de Cunha no colegiado. Nesta quarta-feira, 18, o Solidariedade, partido de Costa, entrou com uma representa��o contra Delgado na C�mara alegando que ele deveria ter o seu mandato suspenso por quebra de decoro parlamentar. O pedido ocorreu menos de uma semana depois de a Procuradoria-geral da Rep�blica (PGR) ter pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do processo de Delgado, por avaliar que n�o havia elementos suficientes para comprovar o recebimento de vantagem indevida.

Delgado foi citado na dela��o premiada do empres�rio Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, que afirmou que o congressista recebeu R$ 150 mil da empresa para blind�-lo na CPI da Petrobras. Na �poca, ao questionar Pessoa, ele disse que "n�o recebeu nem um centavo" para a sua campanha. Ele se defendeu dizendo que a quantia n�o consta na presta��o de contas final de sua campanha, pois foi distribu�da de maneira legal entre 16 membros do seu partido. Na �poca, ele era presidente nacional do PSB e disse que houve um engano no dep�sito inicial.