Alckmin defende reforma pol�tica com foco na diminui��o de partidos

S�o Paulo, 23 - Em palestra na capital paulista, o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez uma defesa da reforma pol�tica no Brasil, com foco na diminui��o de partidos pol�ticos. "Com 25 partidos na C�mara dos Deputados, � quase ingovern�vel. Tem de proibir coliga��o em elei��es proporcionais, que a� o n�mero de partidos cai para oito ou nove", disse o governador, em evento do grupo de empres�rios Lide, do pr�-candidato a prefeito de S�o Paulo pelo PSDB, Jo�o Doria.

Para Alckmin, com as coliga��es em elei��es proporcionais, os partidos pequenos "pegam carona" nos partidos maiores. "Se n�o houver coliga��o, eles fecham", afirmou. Al�m disso, o governador declarou que � a favor do voto distrital puro. "� assim que � no modelo americano e ingl�s", ilustrou. "N�o � t�o dif�cil, n�o precisa mexer na Constitui��o, � s� criar lei ordin�ria", acrescentou.

Alckmin, que n�o comentou no seu discurso o vazamento da conversa entre o ministro do Planejamento, Romero Juc�, e o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado, tamb�m defendeu uma reforma na Previd�ncia. "N�o � poss�vel que o Congresso Nacional tenha aprovado em 2014 que uma policial feminina possa ter aposentaria integral com 25 anos de servi�o e a presidente (Dilma Rousseff) n�o tenha vetado uma lei dessa", disse o governador. "O Congresso tem baixa solidariedade com o poder Executivo", criticou. As leis trabalhistas, acrescentou Alckmin, tamb�m est�o "atrasadas". "Isso � algo de 70 anos atr�s".

O governador paulista tamb�m fez coment�rios sobre a economia brasileira. Disse que, para retomar a gera��o de emprego, � necess�rio investir em infraestrutura, log�stica e constru��o civil. Lamentou a recess�o brasileira e afirmou que, com a queda acumulada do PIB nos �ltimos tr�s anos e o crescimento demogr�fico, a renda per capita deve ter uma queda de 2 d�gitos no per�odo. Afirmou ainda que o Brasil � pouco integrado � economia mundial. "E somos 3% da popula��o mundial, ent�o temos 97% de mercado para explorar."

Ao fim de seu discurso, Alckmin disse que a economia chegou ao fundo do po�o, mas que, "com trabalho", haver� avan�o. "Quero trazer uma palavra de otimismo, chegaremos � terra prometida, n�o por destino, mas com trabalho, confian�a, reformas, competitividade para melhorar a vida da popula��o."