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Estado de Minas

Serra defende maior liberdade em acordos do Mercosul


postado em 24/05/2016 08:13

Buenos Aires, 24 - O chanceler brasileiro, Jos� Serra (PSDB-SP), defendeu nesta segunda-feira, 23, em Buenos Aires, em sua primeira viagem no comando do Itamaraty, que os integrantes do Mercosul tenham maior liberdade para negociar acordos bilaterais. O senador reuniu-se ao longo do dia com a ministra das Rela��es Exteriores argentina, Susana Malcorra, o ministro da economia, Alfonso Prat-Gay, e o presidente Mauricio Macri.

"O Mercosul � uma uni�o aduaneira. N�o � uma zona de livre com�rcio, que � o que eu sempre defendi. O problema da uni�o aduaneira � fazer acordos com outros pa�ses do mundo sem ser em conjunto. A nossa estrat�gia � flexibilizar isso. �s vezes um pode abrir a oportunidade e os outros v�m depois", disse o tucano em entrevista coletiva na embaixada brasileira, � noite. A proposta n�o seria permitir que um integrante do Mercosul estabele�a acordos com pa�ses de fora do grupo e os outros membros se somem posteriormente, de acordo com a experi�ncia de cada um.

Questionado se o governo Michel Temer teria legitimidade para propor mudan�as profundas no bloco, o tucano disse que "decis�es t�m de ser tomadas" e h� aval do Congresso. Ele ponderou que n�o via necessidade de grandes altera��es no Mercosul antes dos seis meses que pode durar o afastamento de Dilma Rousseff.

A busca de alternativas para reativar duas economias em recess�o esteve no centro de reuni�es de Serra com Prat�Gay e, por �ltimo, com Macri. O interc�mbio comercial entre as na��es caiu 42% entre 2011 e 2015, de US$ 39 bilh�es para US$ 23 bilh�es.

O governo de Macri, que reconheceu a legalidade da administra��o Temer minutos depois de o Senado abrir o processo de impeachment, reiteradamente disse ter interesse na retomada da atividade econ�mica no Brasil, respons�vel por 40% do com�rcio internacional argentino. Nos primeiros quatro meses, o d�ficit bilateral argentino triplicou e chegou a US$ 1,4 bilh�o, em raz�o da queda no consumo brasileiro, segundo a consultoria Abeceb.

Do sal�o em que Serra falava, ouviam-se apitos de manifestantes contr�rios ao governo Temer. Os protestos, que ele classificou como irrelevantes, o acompanharam desde sua chegada a Buenos Aires, na noite de domingo, quando 35 ativistas jogaram bolinhas de papel contra seu carro. Na segunda, 150 pessoas exigiam a ren�ncia de Temer e chamavam o ministro de golpista. Parte do grupo era formado por militantes kirchneristas.

Entre as diretrizes da nova pol�tica externa brasileira, anunciadas na semana passada, Serra colocou a rela��o com a Argentina. Em seu discurso de posse, ele citou "refer�ncias semelhantes para reorganiza��o da pol�tica e da economia", ao se referir� ao governo de Macri, eleito no ano passado por uma coaliz�o de centro�direita. Serra salientou sua inten��o de "despartidarizar" o Itamaraty, algo que Malcorra tamb�m assumiu como compromisso ao tomar posse em dezembro como chanceler, ap�s 12 anos de administra��o kirchnerista.

Caracas

A situa��o da Venezuela, que criticou o processo de impeachment brasileiro e tem sido alvo frequente de cr�ticas de Macri, tamb�m esteve na pauta do chanceler brasileiro. O presidente argentino pressiona Caracas pela liberta��o de presos pol�ticos e j� amea�ou pedir a suspens�o do pa�s do Mercosul. Questionado se exigiria a puni��o ao pa�s governado por Nicol�s Maduro, Serra disse defender um processo de media��o. Ele ressaltou que a turbul�ncia brasileira impediria o Pa�s de exercer esse papel de intermedi�rio.

Serra chegou � Argentina j� com a defini��o do novo embaixador brasileiro em Buenos Aires, S�rgio Fran�a Danese. Ele ocupa a fun��o de secret�rio-�geral do Itamaraty, segundo posto na hierarquia da institui��o, cargo que ser� exercido por Marcos Galv�o. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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