Bras�lia, 25 - A sess�o que aprovou a altera��o da meta fiscal "certamente" ser� questionada na Justi�a, afirmou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), logo ap�s a vota��o, que terminou na madrugada. "Nunca vi uma sess�o t�o recheada de ilegalidades", disse ela. "Espero que a gente tenha ainda a Justi�a para contar".
A senadora afirma que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que conduziu os trabalhos da sess�o do Congresso, "atropelou" a minoria durante a vota��o. Uma das medidas mais criticadas pela oposi��o foi o fato de Renan n�o considerar que as sess�es terminavam e recome�avam a cada quatro horas.
Com isso, os oposicionistas, que tentavam obstruir a vota��o, ficaram impedidos de solicitar, a cada sess�o, o tempo de discurso reservado aos l�deres. "Dava uma confus�o quando a oposi��o pedia 'painel de novo'. Ele n�o teve nem resposta. Foi-se renovando (a sess�o) automaticamente. Isso n�o existe", disse.
Segundo ela, o resultado foi "bastante grave". "Hoje vai ficando claro que h� de fato toda uma articula��o para desgastar a presidente Dilma e impedir que ela governasse e criar o clima para eles fazerem o que eles est�o fazendo", disse.
Para o deputado Afonso Florense (BA), l�der do PT na C�mara, foi aprovado um cheque em branco para o governo provis�rio, com aumento significativo de d�ficit com proje��o de frustra��o de arrecada��o futura. "Ele projeta uma frustra��o de receita e aumenta a previs�o de d�ficit. Ao mesmo tempo, no novo texto, retira-se a obrigatoriedade de pagamento do SUS, do PAC, das For�as Armadas, de transfer�ncias para os estados, etc", disse.
"Ele deixa de se comprometer de como vai gastar, projeta uma frustra��o de receita - que provavelmente n�o se realizar�, j� que ele vai arrecadar - e prev� uma autoriza��o de gasto sem vincular a rubrica de autoriza��o de gasto. � um cheque em branco", completou.