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Estado de Minas

Opera��o V�cio atinge esquemas do PMDB e do PT na Petrobras

Nova fase da Lava-Jato aponta irregularidades cometidas por integrantes dos dois partidos, como o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente afastado da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro Jos� Dirceu (PT)


postado em 25/05/2016 09:37 / atualizado em 25/05/2016 09:56

S�o Paulo –  A 30ª fase da Opera��o Lava-Jato, que investiga propinas em contratos de navios-sondas e na compra da refinaria de Pasadena (EUA), � mais um risco para integrantes da c�pula do PMDB, entre eles o presidente afastado da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O alvo principal dessa apura��o � Demarco Jorge Epif�nio, ex-executivo da Diretoria Internacional da Petrobras, �rea que era controlada pelo partido. O juiz federal S�rgio Moro, respons�vel pelos processos da Lava-Jato na primeira inst�ncia, determinou nesta ter�a-feira o bloqueio de R$ 10 milh�es em contas e aplica��es financeiras do executivo.


Demarco, como � conhecido, leva a for�a-tarefa da Lava-Jato a novas contas e offshores usadas por operadores de propina no esquema de corrup��o que era cota do PMDB na Petrobras.

A contrata��o dos navios sondas Vit�ria 10.000 e Petrobras 10.000, por exemplo, em que a for�a-tarefa da Procuradoria encontrou provas da exist�ncia de propinas de at� US$ 30 milh�es para agentes p�blicos sustentados pelo PMDB, � a origem das investiga��es contra Cunha no Supremo Tribunal Federal (STF).

O operador de propinas Julio Gerin Camargo afirmou em sua dela��o premiada que US$ 5 milh�es desses contratos foram para o presidente afastado da C�mara. Demarco tamb�m sereia um dos benefici�rios dos pagamentos.

Renan

Outro delator que apontou Demarco como parte do esquema de corrup��o na Diretoria Internacional foi o operador de propinas Fernando "Baiano" Soares. "Que Demarco tamb�m tinha uma conta no exterior, pois certa vez o pr�prio Demarco passou uma conta para o depoente (Fernando Baiano) realizar um dep�sito, em uma reuni�o no escrit�rio do Lu�s Moreira (ex-executivo da estatal); Que por isto acredita que a conta seja dele, mas n�o sabe se estava em nome dele ou de alguma pessoa de confian�a; Que acredita que tal conta seja na Su��a."

Neste mesmo depoimento, Fernando Baiano cita um pedido feito por Cerver� para doa��es de campanhas aos ent�o candidatos ao Senado do PMDB Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), e Delc�dio Amaral, ent�o do PT de Mato Grosso do Sul. As doa��es eram em troca do apoio � sustenta��o daqueles executivos na Petrobras.

"A partir dessa reuni�o Cerver� passou a contribuir com os pol�ticos do PMDB indicados."

Renan tamb�m � alvo de investiga��o no STF, apontado como benefici�rio de propinas da Petrobras por outros delatores. "Cerver� disse ent�o ao depoente que os valores para campana, solicitados pelos referidos pol�ticos, deveria sair da sonda Petrobras 10.000. Ficou estabelecido que seria repassado US$ 4 milh�es para aqueles pol�ticos", registra o termo de dela��o de Fernando Baiano.

Pasadena

Fernando Baiano e outros delatores revelaram que Demarco teria recebido pelo menos US$ 200 mil em propinas por Pasadena.

Agosthilde M�naco, outro colaborador da Lava-Jato, afirmou que o valor destinado ao executivo da Diretoria Internacional teria sido retirado do montante de US$ 1,8 milh�o recebidos por ele "a t�tulo de propina referente � aquisi��o da Refinaria Pasadena, e entregues em esp�cie a Demarco".

Epif�nio tamb�m foi citado por Eduardo Musa, ex-gerente de Internacional da Petrobras.

"Pelo teor dos depoimentos prestados pelos colaboradores Fernando Soares, Eduardo Musa e Agosthilde M�naco, Demarco Epif�nio teria participado do grupo que recebia vantagem indevida decorrente dos contratos de fornecimento dos navios-sonda e possivelmente da aquisi��o da Refinaria de Pasadena", destacou o juiz federal S�rgio Moro no despacho que autorizou realiza��o de buscas na resid�ncia do executivo, nesta ter�a-feira.

Corrup��o disseminada

Deflagrada no mesmo dia em que o governo interino Michel Temer perdeu seu primeiro ministro em decorr�ncia dos efeitos da Lava-Jato, a 30ª fase recebeu o nome de Opera��o V�cio em refer�ncia � pr�tica "alastrada" de corrup��o em contratos p�blicos e � necessidade de "desintoxica��o do modo corrupto de contratar" descoberta na Petrobras.

O procurador da Rep�blica Roberson Pozzobon, da for�a-tarefa da Lava-Jato, afirmou que a 30ª fase revela como foi alastrada a corrup��o na Petrobras, descoberta inicialmente nas obras de constru��o de refinarias e petroqu�micas. Al�m do foco na Diretoria Internacional, o principal frente � a de propinas em contratos de empresas fornecedoras de tubula��es para a estatal. Pelo menos R$ 40 milh�es investigados em um esquema de corrup��o que pode ter beneficiado o ex-ministro Jos� Dirceu - condenado a 23 anos de pris�o na semana passada.

Para os investigadores, a Opera��o V�cio atinge ao mesmo tempo os esquemas dos dois partidos de mando na corrup��o sist�mica descoberta na Petrobras, PT e PMDB.


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