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Estado de Minas

No Facebook, Dilma diz que vai usar grava��es em sua defesa no Senado


postado em 25/05/2016 19:25

S�o Paulo, 25 - Em mais um bate papo nas redes sociais, a presidente afastada Dilma Rousseff convocou seu advogado, ex-ministro da Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), Jos� Eduardo Cardozo para esclarecer a seus seguidores quais ser�o os pontos da sua defesa na comiss�o do impeachment do Senado, no dia 1� de junho. Dilma confirmou que as grava��es envolvendo o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado e caciques peemedebistas v�o ser usadas para rebater a legitimidade do processo de impeachment.

"Desde o in�cio, temos alegado que este processo de impeachment foi realizado com desvio de poder, ou seja, buscando-se finalidades totalmente estranhas � lei. Agora, com estas grava��es, isto fica ainda mais claro. Se pretendeu o impeachment para impedir que as investiga��es da opera��o Lava Jato prosseguissem normalmente. Queriam, com um novo governo, eliminar o combate � corrup��o que foi feito durante todo o meu governo", disse o perfil oficial da petista em um dos coment�rios.

Quando negociava sua dela��o premiada com a Procuradoria-Geral da Rep�blica, Machado, que � investigado na Lava Jato, gravou conversas com os senadores Romero Juc� (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso, e com o ex-presidente da Rep�blica Jos� Sarney. A conversa com Juc�, revelada pela Folha de S. Paulo, mostra o peemedebista insinuando que o afastamento de Dilma e a entrada de Michel Temer no governo poderia ajudar a "estancar" a "sangria" da Lava Jato. A repercuss�o fez com que Juc� se afastasse do minist�rio do Planejamento, 12 dias ap�s ser apontado para o cargo.

"A grava��o da conversa mantida pelo Senador Romero Juc� com o ex-senador S�rgio Machado deixa isto muito claro. Por esta raz�o, vamos usar sim na nossa defesa. Tornou-se agora indiscut�vel a ilegalidade deste processo e o car�ter abusivo de uma acusa��o de crimes que n�o ocorreram para afastar do cargo quem foi eleito por 54 milh�es de votos", prossegue o perfil de Dilma no coment�rio.

Recurso internacional

Questionada se pretende recorrer a inst�ncias internacionais, Dilma respondeu que, por ora, est� se concentrando em sua defesa nos �rg�os brasileiros, mas disse que existem "parlamentares" - sem citar qualquer nome - que podem entrar com processo na Corte Interamericana de Direitos Humanos. "J� fomos informados que parlamentares brasileiros manifestaram desejo de questionar este processo na Corte Interamericana de Direitos Humanos, esta � uma quest�o que ser� decidida por eles de forma aut�noma."

Apesar de afirmar que n�o pensa, por enquanto, recorrer a uma inst�ncia internacional de Direito, Dilma diz em outro coment�rio que sua defesa j� argumentou a nulidade do processo por causa da postura de grande parte dos deputados. Segundo sua defesa, quando a maioria dos deputados e senadores revelaram votos antes de conclu�do o direito de defesa da presidente no processo de impeachment, houve uma "nulidade decis�ria", algo que tem jurisprud�ncia da Corte Interamericana. "Isto qualifica prejulgamento, ou seja, uma nulidade decis�ria, de acordo com a jurisprud�ncia da Corte Interamericana de Direitos Humanos", diz trecho da postagem.

Defesa

Dilma voltou a defender que n�o houve il�cito nas chamadas pedaladas fiscais e repetiu os argumentos apresentados. Ela ainda insistiu em chamar de equivocada a argumenta��o de seus advers�rios de que seu afastamento n�o seria um golpe por estar seguindo ritos institucionais, dizendo que as acusa��es n�o foram comprovadas. "Muitas injusti�as na hist�ria foram praticadas em processos em que houve direito de defesa e a tramita��o foi seguida. S� que crimes foram inventados e pessoas foram injustamente condenadas", frisou Dilma.

Em cerca de uma hora de bate-papo, o post de Dilma com Cardozo recebeu mais de 3,9 mil coment�rios e mais de mil compartilhamentos. A grande maioria dos coment�rios eram de apoio a Dilma, com frases como "volta querida" e "for�a Dilma". A presidente agradeceu o apoio, refor�ou ser v�tima de uma "arma��o" e se disse confiante em poder reverter seu afastamento na conclus�o do julgamento do impeachment no Senado Federal.


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