Bras�lia, 27 - O Pal�cio do Planalto sob o comando do presidente em exerc�cio Michel Temer tenta manter dist�ncia dos desdobramentos da colabora��o do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado na Opera��o Lava Jato.
Apesar do temor de que sejam divulgados novos �udios gravados pelo delator, o discurso predominante no entorno de Temer � de que, ap�s a sa�da do senador Romero Juc� (PMDB-RR) do Minist�rio do Planejamento em consequ�ncia da primeira grava��o tornada p�blica, o governo pode focar a aten��o na agenda econ�mica e evitar ser tragado pelo esc�ndalo.
O fato de Machado, um ex-senador tucano que migrou para o PMDB em 2001, ter ocupado o comando da Transpetro nos governos do PT com apoio pol�tico do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), ajuda o Planalto nessa estrat�gia de se tentar manter dist�ncia do caso.
Com a sa�da de Juc� do Planejamento, resta na Esplanada o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (Turismo), que � alvo de pedido de investiga��o dentro da Lava Jato. Ele foi sondado nesta semana pelo pr�prio Temer sobre qual seria sua situa��o nas investiga��es e teria ouvido do aliado que n�o haver� surpresas em rela��o a ele. Alves foi avisado, por�m, que, se algum fato novo aparecer, ter� de deixar a pasta.
Para o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, apesar da queda de Juc�, a boa not�cia para o governo � que a divulga��o dos �udios n�o contaminou a base aliada a ponto de atrapalhar a aprova��o da nova meta fiscal no Congresso.
O secret�rio do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, tamb�m deu prioridade ao discurso econ�mico. "O governo Temer continua com o mesmo foco, que gera o mesmo discurso, que imp�e a mesma prioridade: economia, economia, economia."
A agora oposi��o comandada pelo PT, por sua vez, tenta explorar a crise provocada pelas grava��es de Machado. "A opini�o p�blica j� est� virando contra ele (Temer)", disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).