Gilmar Mendes diz que procurou Temer ap�s "preocupa��o" com sa�da de Juc�

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que seu encontro com o presidente em exerc�cio, Michel Temer, ontem, foi para manifestar sua preocupa��o como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a sa�da do senador Romero Juc� do minist�rio do Planejamento. Segundo ele, as conversas de libera��o de verbas para o pleito deste ano estavam em andamento. "Eu tinha avan�ado nas conversas com o ministro Juc� e a minha equipe estava discutindo com ele, mas a� houve esse incidente e a� ontem ele me ligou se colocando � disposi��o e eu aproveitei e fui l� para conversar", disse Mendes. Gilmar tomou posse no TSE no dia 12 de maio, mesmo dia em que Temer come�ou a exercer a presid�ncia. Ap�s dar posse aos ministros e fazer seu primeiro pronunciamento no cargo, Temer fez quest�o de prestigiar a cerim�nia da Mendes no TSE.

Juc� deixou o cargo, no �ltimo dia 23, ap�s divulga��o de �udios em que ele supostamente sugere ao ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado um pacto para deter as investiga��es da Opera��o Lava Jato. Tanto Juc� quanto Machado s�o alvos da Lava Jato. Na ocasi�o, Mendes disse que n�o entendeu a conversa entre os dois como uma tentativa de interferir na Opera��o Lava Jato e afirmou ainda n�o acreditar que a sa�da de Juc� do minist�rio do Planejamento prejudicaria o governo Temer. "S�o problemas da realidade pol�tica, com os quais se tem que lidar", afirmou.

Gilmar Mendes lembrou que j� havia solicitado cerca de R$ 250 milh�es ao Minist�rio do Planejamento para complementar o or�amento do TSE. Segundo ele, como h� a depend�ncia de uma Medida Provis�ria para a libera��o da verba, Temer disse que "daria orienta��o positiva aos �rg�os competentes para que deliberassem". "Fui ressaltar a import�ncia da celeridade neste processo", disse. "Os setores t�cnicos do tribunal e do Minist�rio do Planejamento j� vinham conversando. Eu s� fiquei um pouco preocupado com a sa�da do ministro Juc�, porque n�o podemos retardar muito essa provid�ncia porque temos a fabrica��o de urnas em andamento", refor�ou.

Segundo Gilmar Mendes, as elei��es municipais de outubro s�o as maiores do Pa�s. "S�o 580 mil candidatos estimados e precisamos fazer 90 mil urnas", disse. "� um assunto normal, nenhuma novidade."

O ministro disse que n�o conversou com Temer a respeito dos processos em andamento no TSE que podem levar � cassa��o da chapa eleita em 2014, na qual Temer era o vice da presidente afastada Dilma Rousseff. "N�o falamos nada sobre isso. At� porque esse processo n�o est� maduro para ser julgado. Ele est� na fase de per�cia", afirmou, destacando que o processo s� ser� "contemplado quando tiver condi��es".

Gilmar Mendes � o relator da presta��o de contas da presidente afastada Dilma Rousseff referente �s elei��es de 2014. No ano passado, o ministro pediu a investiga��o de suposta pr�tica de atos il�citos na campanha que reelegeu Dilma mesmo ap�s as contas da petista terem sido aprovadas com ressalvas pelo TSE. A determina��o teve como base informa��es reveladas pela Opera��o Lava Jato de que a campanha foi financiada com recursos da Petrobras.

Al�m da presta��o de contas do partido, tramitam no TSE quatro a��es questionando supostas irregularidades nas contas da chapa eleita em 2014 e que pedem a cassa��o do mandato de Dilma e do presidente em exerc�cio, Michel Temer, e que est�o sob a relatoria da ministra Maria Thereza de Assis Moura.