Bras�lia - A base de apoio do presidente em exerc�cio Michel Temer foi � tribuna nesta segunda-feira, 30, no Congresso pedir a demiss�o do ministro da Transpar�ncia, Fabiano Silveira, ap�s divulga��o de conversas em que reclama da Lava Jato e d� conselhos a investigados na opera��o. A press�o acabou por surtir resultado. No in�cio da noite, Silveira pediu demiss�o.
"Fabiano Silveira deveria ter colocado o cargo de ministro � disposi��o e Temer deveria t�-lo demitido", disse Ricardo Ferra�o (PSDB-ES). Segundo o tucano, a atitude de Silveira, que foi revelada no di�logo, � incompat�vel com o cargo de conselheiro do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), que exercia na �poca e, "evidentemente, com o cargo de ministro".
Ele cobrou uma atitude mais en�rgica do presidente em exerc�cio e criticou sua decis�o de manter o ministro, revertida no in�cio da noite. "O presidente Temer est� errando em n�o ser absolutamente cartesiano nessas decis�es. O governo dele tem que ser marcado pela diferen�a e n�o pelas mesmices."
Cotada para l�der do governo no Senado, Simone Tebet (PMDB-MS) tamb�m defendeu o afastamento de Silveira. "N�o sabemos em que circunst�ncias a grava��o foi feita, mas, infelizmente, em fun��o da pasta que ele tem, n�o d� tempo de ele se explicar", argumentou. O senador Alvaro Dias (PV-PR) disse que a presen�a de Silveira contamina o governo. L�der do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO) afirmou que o ministro n�o tinha condi��es de permanecer no cargo.
Na C�mara, o vice-l�der do PSDB, Nilson Leit�o (MT), defendeu que Temer tomasse uma atitude "r�pida" em rela��o a Silveira, assim como fez com o senador Romero Juc� (PMDB-RR). O peemedebista foi demitido do cargo de ministro do Planejamento no mesmo dia em que veio a p�blico �udio em que defendia um "pacto" para estancar as investiga��es da Lava Jato. Essa � a mesma posi��o do l�der do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM).
Vice-l�der do PPS, o deputado Arnaldo Jordy (PA) tamb�m cobrou a demiss�o de Silveira. "O flagrante da conversa revela algo que � diametralmente oposto � postura que deve ter uma figura como o ministro da Transpar�ncia. Portanto, tornou-se insustent�vel a perman�ncia do ministro no cargo", afirmou. Para Jordy, a pasta deve ser comandada por algu�m que n�o tenha "o m�nimo de suspei��o". Segundo Leit�o, os partidos da antiga oposi��o na C�mara (PSDB, DEM, PPS e Solidariedade) v�o se reunir nos pr�ximos dias para tirar um posicionamento oficial. "N�o podemos ter dois pesos e duas medidas", disse.
Padrinho
Silveira foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado durante uma reuni�o com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na resid�ncia oficial do senador h� tr�s meses. Na grava��o, Silveira faz cr�ticas � condu��o da Lava Jato pela Procuradoria e d� conselhos a investigados na opera��o. Na �poca, ele era conselheiro do Conselho Nacional de Justi�a.
Renan diz a Fabiano que est� preocupado com um dos inqu�ritos a que responde no Supremo, o que investiga se ele e S�rgio Machado, entre outros agentes p�blicos, receberam propina - em forma de doa��es eleitorais - para facilitar a vit�ria de um cons�rcio de empresas em uma licita��o para renovar a frota da Transpetro.
Apontado como padrinho de Silveira, Renan, sem citar nomes, publicou nesta segunda uma nota afirmando que n�o indicou autoridades para o governo Temer.
"Fabiano Silveira deveria ter colocado o cargo de ministro � disposi��o e Temer deveria t�-lo demitido", disse Ricardo Ferra�o (PSDB-ES). Segundo o tucano, a atitude de Silveira, que foi revelada no di�logo, � incompat�vel com o cargo de conselheiro do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), que exercia na �poca e, "evidentemente, com o cargo de ministro".
Ele cobrou uma atitude mais en�rgica do presidente em exerc�cio e criticou sua decis�o de manter o ministro, revertida no in�cio da noite. "O presidente Temer est� errando em n�o ser absolutamente cartesiano nessas decis�es. O governo dele tem que ser marcado pela diferen�a e n�o pelas mesmices."
Cotada para l�der do governo no Senado, Simone Tebet (PMDB-MS) tamb�m defendeu o afastamento de Silveira. "N�o sabemos em que circunst�ncias a grava��o foi feita, mas, infelizmente, em fun��o da pasta que ele tem, n�o d� tempo de ele se explicar", argumentou. O senador Alvaro Dias (PV-PR) disse que a presen�a de Silveira contamina o governo. L�der do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO) afirmou que o ministro n�o tinha condi��es de permanecer no cargo.
Na C�mara, o vice-l�der do PSDB, Nilson Leit�o (MT), defendeu que Temer tomasse uma atitude "r�pida" em rela��o a Silveira, assim como fez com o senador Romero Juc� (PMDB-RR). O peemedebista foi demitido do cargo de ministro do Planejamento no mesmo dia em que veio a p�blico �udio em que defendia um "pacto" para estancar as investiga��es da Lava Jato. Essa � a mesma posi��o do l�der do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM).
Vice-l�der do PPS, o deputado Arnaldo Jordy (PA) tamb�m cobrou a demiss�o de Silveira. "O flagrante da conversa revela algo que � diametralmente oposto � postura que deve ter uma figura como o ministro da Transpar�ncia. Portanto, tornou-se insustent�vel a perman�ncia do ministro no cargo", afirmou. Para Jordy, a pasta deve ser comandada por algu�m que n�o tenha "o m�nimo de suspei��o". Segundo Leit�o, os partidos da antiga oposi��o na C�mara (PSDB, DEM, PPS e Solidariedade) v�o se reunir nos pr�ximos dias para tirar um posicionamento oficial. "N�o podemos ter dois pesos e duas medidas", disse.
Padrinho
Silveira foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado durante uma reuni�o com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na resid�ncia oficial do senador h� tr�s meses. Na grava��o, Silveira faz cr�ticas � condu��o da Lava Jato pela Procuradoria e d� conselhos a investigados na opera��o. Na �poca, ele era conselheiro do Conselho Nacional de Justi�a.
Renan diz a Fabiano que est� preocupado com um dos inqu�ritos a que responde no Supremo, o que investiga se ele e S�rgio Machado, entre outros agentes p�blicos, receberam propina - em forma de doa��es eleitorais - para facilitar a vit�ria de um cons�rcio de empresas em uma licita��o para renovar a frota da Transpetro.
Apontado como padrinho de Silveira, Renan, sem citar nomes, publicou nesta segunda uma nota afirmando que n�o indicou autoridades para o governo Temer.