
S�o Paulo - Dez dias depois de tentar montar um acampamento em frente � resid�ncia do presidente em exerc�cio Michel Temer em S�o Paulo, que foi dispersado pela Pol�cia Militar, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promoveu nesta quarta-feira, 1.º, um ato mais ousado e ocupou o hall do pr�dio onde est� o escrit�rio da Presid�ncia da Rep�blica na capital paulista.
Ap�s o protesto, o Minist�rio das Cidades divulgou, no in�cio da noite, uma nota dizendo que o titular da pasta, Bruno Ara�jo, determinou a edi��o de uma nova portaria que retoma as contrata��es de unidades habitacionais da modalidade Entidades do Programa Minha Casa Minha Vida. O MTST comemorou a decis�o, que considerou como uma vit�ria do movimento e um recuo do governo.
O ato foi marcado pelo confronto entre manifestantes e policiais, que usaram g�s de pimenta e bombas de efeito de moral. O l�der do MTST, Guilherme Boulos, acusou a Pol�cia Militar de ter espancado manifestantes que estavam imobilizados.
Em nota, a Secretaria da Seguran�a P�blica respondeu que agiu para tentar evitar que os ativistas invadissem o pr�dio. "Por isso, foi necess�ria interven��o policial para impedir a a��o. Os manifestantes n�o atenderam �s ordens policiais e reagiram", afirmou a Secretaria da Seguran�a P�blica.
O estopim do enfrentamento foi um roj�o disparado por um militante do MTST. A PM n�o havia calculado o n�mero de manifestantes no protesto.
Seis pessoas foram presas por dano, desacato e periclita��o da vida e um policial foi ferido. Uma ag�ncia banc�ria e uma esta��o do Metr� foram danificadas, al�m de um suped�neo (cabine elevada) utilizado pela Pol�cia Militar para a seguran�a da Avenida Paulista, que foi destru�do. “A estrat�gia deles � tratar direito social como caso de pol�cia. Est�o jogando lenha na fogueira. V�o incendiar o Pa�s”, disse Boulos.
Bandeira
A principal bandeira do MTST, que n�o reconhece como leg�tima a administra��o Temer, � evitar a suspens�o da contrata��o de novas moradias do Minha Casa Minha Vida. O ministro das Cidades, Bruno Ara�jo, havia afirmado que n�o pretendia suspender totalmente a terceira fase do programa. J� o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, havia se manifestado no sentido oposto, dizendo que novas contrata��es est�o suspensas para que o governo "fa�a uma an�lise" do programa. Os manifestantes passaram a noite no pr�dio.
Com Ag�ncia Estado