
Para os advogados de Cunha, h� "obscuridade" na decis�o tomada em mar�o pelo Supremo de aceitar a den�ncia de que o peemedebista cometeu crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro, por seu suposto envolvimento no esquema de desvios na Petrobras.
No entendimento do STF, Cunha usou o seu cargo de deputado para pressionar pela retomada de um esquema de propina em 2011. Esses recursos, que somariam US$ 5 milh�es, seriam fruto de contratos da venda de navios-sonda para a estatal em 2006 e 2007.
O fato de Cunha ser r�u na Lava-Jato foi um dos argumentos usados pelos ministros do STF para determinar, em maio, o afastamento do peemedebista do mandato e do comando da C�mara. Na avalia��o dos ministros, a condi��o seria incompat�vel com o fato de estar na linha sucess�ria da presid�ncia da Rep�blica. Na ocasi�o, os magistrados tamb�m argumentaram que Cunha usava o cargo para impedir os avan�os das investiga��es contra ele, tanto na Justi�a como no Conselho de �tica da C�mara.
Requerimentos
No caso de Solange, ela � acusada de ter usado o cargo de deputada em favor de Cunha ao apresentar dois requerimentos na Comiss�o de Fiscaliza��o e Controle da C�mara para pressionar lobistas envolvidos no esquema de corrup��o da Petrobras a retomarem os pagamentos de propina prometidos e que, na �poca, haviam sido interrompidos.
Para a defesa da ex-deputada, que hoje � prefeita de Rio Bonito (RJ), n�o h�, nem na den�ncia nem no ac�rd�o publicado pelo STF, qualquer ind�cio de que ela tenha recebido "vantagem indevida" ao fazer os dois requerimentos.