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Estado de Minas

Delator diz que Renan o chamou no Senado para reclamar de falta de propina


postado em 02/06/2016 19:25

S�o Paulo, 02 - Em dela��o premiada � Procuradoria-Geral da Rep�blica, na Opera��o Lava Jato, o ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver� afirmou que, em 2012, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) o chamou em seu gabinete no Senado para reclamar da 'falta de propina'. Na ocasi�o, o presidente da casa era Jos� Sarney (PMDB/AP).

As informa��es sobre Renan Calheiros est�o no Termo de Colabora��o 28 de Cerver� que tem como tema �Negocia��es de propina na BR Distribuidora�.

Renan, presidente do Senado, � alvo de 12 inqu�ritos no Supremo Tribunal Federal. Ele aparece em �udios gravados pelo ex-presidente da Transpetro e seu ex-aliado S�rgio Machado criticando a Opera��o Lava Jato e o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, a quem chama de �mau car�ter�

�Em 2012, o declarante (Nestor Cerver�) foi chamado no gabinete de Renan Calheiros no Senado Federal. Na ocasi�o, Renan Calheiros reclamou da falta de repasse de propina por parte do declarante�, relatou Cerver�. �O declarante explicou que n�o estava arrecadando propina na BR Distribuidora; que ent�o Renan Calheiros disse que a partir de ent�o deixava de prestar apoio pol�tico ao declarante; que no entanto, o declarante permaneceu na Diretoria Financeira e de Servi�os, da BR Distribuidora.�

Cerver� foi diretor na Petrobras entre 2003 e 2008 e, em seguida, diretor financeiro da BR Distribuidora. O executivo est� preso desde janeiro de 2015 na Lava Jato. Foi o piv� da cassa��o do ex-senador Delc�dio Amaral (ex-PT-MS).

No depoimento, Cerver� contou que em 2009, depois da posse de Jos� de Lima Andrade Neto na presid�ncia da BR Distribuidora, foi feita uma reuni�o no anexo do hotel Copacabana Palace, da qual teriam participado o empres�rio Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP, que segundo o ex-diretor estaria representando o senador Fernando Collor de Mello (PTC/AL). Tamb�m estavam no encontro Renan Calheiros, Delc�dio e o pr�prio Cerver�.

�Nessa reuni�o, Jos� de Lima Andrade Neto foi bastante did�tico ao explicar que os neg�cios nos quais haveria �discricionaridade� da BR Distribuidora eram a compra de �lcool, o aluguel de caminh�es para transporte de combust�vel e a constru��o de bases de distribui��o de combust�veis; que esses seriam os neg�cios que poderiam render propina mais substancial na BR Distribuidora�, declarou Cerver�.

O ex-diretor prosseguiu. �Nos outros neg�cios da BR Distribuidora n�o haveria maior liberdade financeira; que na ocasi�o Jos� de Lima Andrade Neto se disponibilizou a ajudar os pol�ticos interessados; que o declarante foi chamado para a reuni�o porque tinha sido diretor internacional da Petrobras e sabia como as coisas funcionavam.�

O ex-diretor foi condenado em dois processos na Lava Jato por corrup��o e lavagem de dinheiro. Em uma das a��es, S�rgio Moro, que conduz as a��es da Lava Jato na primeira inst�ncia, imp�s 12 anos e 3 meses de pris�o para Cerver�. Em sua primeira condena��o, o ex-diretor foi condenado a 5 anos de pris�o pelo crime de lavagem de dinheiro na compra de um apartamento de luxo, de R$ 7,5 milh�es, em Ipanema, no Rio.

A reportagem procurou Renan Calheiros, Fernando Collor e Jos� de Lima Andrade Neto. O espa�o est� aberto para manifesta��o.

�Pedro Paulo Leoni Ramos n�o comenta dela��es premiadas e se manifestar� nos autos, f�rum adequado para a apresenta��o de sua defesa�.


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