Bras�lia, 08 - A comiss�o do impeachment rejeitou a realiza��o de uma per�cia nos decretos de cr�ditos suplementares e pedaladas que configuram a acusa��o de crime de responsabilidade. A per�cia j� havia sido aceita pelo relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), e pelo presidente da comiss�o Raimundo Lira (PMDB-PB).
O pedido de per�cia foi feito pela defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, que queria uma avalia��o externa da conduta fiscal da petista, al�m dos relat�rio do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Lira argumentou que uma per�cia internacional seria dispendiosa e sugeriu uma per�cia interna, realizada por auditores do Senado Federal.
A proposta foi acolhida pelo relator, o que causou uma rea��o dos senadores da base do presidente em exerc�cio Michel Temer. Com a inten��o de correr com o processo, os senadores da base de Temer ficaram receosos que a realiza��o de per�cia pudesse atrasar a tramita��o do impeachment.
Ricardo Ferra�o (PSDB-ES), que assumiu nesta quarta-feira, 8, a vaga na comiss�o ap�s a sa�da do l�der do governo, Aloysio Nunes (PSDB-SP), argumentou que "contratar uma per�cia seria um desperd�cio".
L�der do Democratas, Ronaldo Caiado (DEM-GO), alegou que a per�cia tem o objetivo de "procrastinar a comiss�o" e recorreu da decis�o de Anastasia, pedindo que a quest�o fosse decidida pelo voto do plen�rio. Com maioria na comiss�o, a base de Temer rejeitou a realiza��o da per�cia. A defesa afirmou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).