Bras�lia - Apesar do discurso em defesa da Opera��o Lava-Jato, o governo do presidente em exerc�cio Michel Temer resiste a encampar as dez medidas de combate � corrup��o defendidas pelo Minist�rio P�blico Federal com o apoio de 2 milh�es de assinaturas. Na esteira das investiga��es dos desvios na Petrobras, o pacote - que cont�m 20 propostas legislativas - foi apresentado como projeto de iniciativa popular na C�mara h� dois meses, mas est� parado na Casa, � espera da cria��o de uma comiss�o especial.
As medidas contam com o apoio do juiz federal S�rgio Moro e dos procuradores da for�a-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. "Essas propostas s�o de iniciativa popular e n�o foram apresentadas pelo Executivo. No momento, nossa prioridade � a pauta econ�mica", afirmou Andr� Moura (PSC-SE), l�der do governo na C�mara e aliado do presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo da Lava-Jato.
A cria��o da comiss�o especial depende de uma decis�o do presidente interino da C�mara, Waldir Maranh�o (PP-MA), que n�o tem exercido suas fun��es de fato. "Isso dificulta tudo ainda mais", disse Moura.
Em meio � falta de empenho para se avan�ar nas discuss�es, o presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate � Corrup��o, deputado Mendes Thame (PV-SP), tentou se reunir na quinta-feira com Maranh�o para cobrar a instala��o do colegiado. O parlamentar n�o foi recebido. Na sa�da, se queixou da falta de interesse da Casa e do Executivo: "� preciso um maior comprometimento e celeridade. Este projeto � de extrema import�ncia para tampar os buracos legais".
Publicamente, Temer e os ministros com gabinete no Pal�cio do Planalto t�m afiado o discurso em favor da Lava-Jato. Sobretudo ap�s a queda de dois integrantes da Esplanada exatamente por causa das investiga��es. Com apenas 18 dias de governo, Romero Juc� (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transpar�ncia) pediram demiss�o ap�s a divulga��o dos �udios gravados pelo ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado.
Desconhecimento
Segundo o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), o assunto n�o foi discutido com Temer, mas houve uma conversa informal entre os ministros para avaliar as dez medidas. "Isso ainda n�o est� no governo, houve apenas uma reuni�o entre os ministros que lidam com a pol�tica, o ministro Geddel Vieira Lima (ministro-chefe da Secretaria de Governo) e aqueles indicados pelos partidos, que come�am a avaliar qual � a rea��o dentro dos partidos para a aprova��o no Congresso. O que se viu � que algumas medidas teriam certamente apoio de toda a classe pol�tica, outras teriam de ser adequadas."
Como o debate n�o avan�ou, Padilha afirmou que n�o poderia adiantar quais s�o as medidas que t�m maior simpatia das legendas e disse que o governo tem outras prioridades no momento. "Claro que vamos tratar disso. Mandei levantar as mat�rias", afirmou Geddel, respons�vel pela articula��o pol�tica com o Congresso.
"Falta um ato burocr�tico do presidente interino da C�mara para que o ato normativo de cria��o da comiss�o mista possa ser lido em plen�rio e as lideran�as possam indicar os membros", reclamou o procurador Roberson Pozzobon, da for�a-tarefa da Lava-Jato.
As medidas contam com o apoio do juiz federal S�rgio Moro e dos procuradores da for�a-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. "Essas propostas s�o de iniciativa popular e n�o foram apresentadas pelo Executivo. No momento, nossa prioridade � a pauta econ�mica", afirmou Andr� Moura (PSC-SE), l�der do governo na C�mara e aliado do presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo da Lava-Jato.
A cria��o da comiss�o especial depende de uma decis�o do presidente interino da C�mara, Waldir Maranh�o (PP-MA), que n�o tem exercido suas fun��es de fato. "Isso dificulta tudo ainda mais", disse Moura.
Em meio � falta de empenho para se avan�ar nas discuss�es, o presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate � Corrup��o, deputado Mendes Thame (PV-SP), tentou se reunir na quinta-feira com Maranh�o para cobrar a instala��o do colegiado. O parlamentar n�o foi recebido. Na sa�da, se queixou da falta de interesse da Casa e do Executivo: "� preciso um maior comprometimento e celeridade. Este projeto � de extrema import�ncia para tampar os buracos legais".
Publicamente, Temer e os ministros com gabinete no Pal�cio do Planalto t�m afiado o discurso em favor da Lava-Jato. Sobretudo ap�s a queda de dois integrantes da Esplanada exatamente por causa das investiga��es. Com apenas 18 dias de governo, Romero Juc� (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transpar�ncia) pediram demiss�o ap�s a divulga��o dos �udios gravados pelo ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado.
Desconhecimento
Segundo o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), o assunto n�o foi discutido com Temer, mas houve uma conversa informal entre os ministros para avaliar as dez medidas. "Isso ainda n�o est� no governo, houve apenas uma reuni�o entre os ministros que lidam com a pol�tica, o ministro Geddel Vieira Lima (ministro-chefe da Secretaria de Governo) e aqueles indicados pelos partidos, que come�am a avaliar qual � a rea��o dentro dos partidos para a aprova��o no Congresso. O que se viu � que algumas medidas teriam certamente apoio de toda a classe pol�tica, outras teriam de ser adequadas."
Como o debate n�o avan�ou, Padilha afirmou que n�o poderia adiantar quais s�o as medidas que t�m maior simpatia das legendas e disse que o governo tem outras prioridades no momento. "Claro que vamos tratar disso. Mandei levantar as mat�rias", afirmou Geddel, respons�vel pela articula��o pol�tica com o Congresso.
"Falta um ato burocr�tico do presidente interino da C�mara para que o ato normativo de cria��o da comiss�o mista possa ser lido em plen�rio e as lideran�as possam indicar os membros", reclamou o procurador Roberson Pozzobon, da for�a-tarefa da Lava-Jato.