Bras�lia - O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, ressaltou nesta quarta-feira, 15, que os ajustes finais do texto da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que estabelece um teto para os gastos do governo ser�o debatidos em reuni�o com l�deres do Congresso ainda nesta manh�.
Geddel Vieira minimizou as declara��es do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que defendeu que a PEC fosse apresentada apenas depois da vota��o do impeachment. "A proposta j� est� encaminhada, � natural (a posi��o de Renan) e vamos trabalhar", disse o ministro.
A ideia inicial de Temer era transformar a entrega da PEC em um ato simb�lico de sua gest�o - tanto de afago aos parlamentares como ao mercado pela demonstra��o de �mpeto na austeridade. Mas, ainda ontem, interlocutores do presidente em exerc�cio confirmaram que ele n�o vai mais nesta quarta-feira pessoalmente ao Congresso entregar o texto. A apresenta��o do conte�do ser� feita na reuni�o com os l�deres.
Al�m das dificuldades de elaborar sa�das que sejam vi�veis do ponto de vista econ�mico, o presidente em exerc�cio sabe que tem que costurar acordos no campo pol�tico. Ontem, Renan Calheiros, que esteve no Pal�cio do Planalto para conversar com Temer, por exemplo, declarou ser publicamente contra a aprecia��o da PEC agora. "Medidas que poder�o aprofundar o ajuste neste momento n�o s�o recomend�veis, porque estamos vivendo uma transitoriedade e talvez seja o caso de aguardarmos o julgamento final (do impeachment de Dilma Rousseff)", disse.
Algumas das propostas apresentadas pela equipe econ�mica - como o fim do abono salarial e o uso do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiar despesas da Previd�ncia dos trabalhadores da iniciativa privada e dos servidores p�blicos - j� foram exclu�das do texto original da PEC.