Bras�lia, 15 - O deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) comunicou nesta quarta-feira, 15, o � presid�ncia da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) que abdicou da relatoria de dois recursos do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no colegiado. Elmar alegou que pertence ao mesmo partido do relator do processo de cassa��o, Marcos Rog�rio (DEM-RO), e que n�o se sentia confort�vel em analisar novos recursos contr�rios ao trabalho do colega de bancada. "N�o acho que seria bom um relator, neste caso, do mesmo partido", afirmou.
Desde dezembro do ano passado, Elmar havia sido escolhido pelo grupo de Cunha para relatar os recursos que o representado havia protocolado na CCJ, mesmo durante o andamento do processo no Conselho de �tica. O presidente da CCJ, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), havia decidido que Elmar n�o s� continuaria na relatoria dos recursos, que j� est�o na comiss�o, como abarcaria os demais pedidos de Eduardo Cunha.
Elmar revelou ao
Broadcast Pol�tico
que foi informado sobre a inten��o do grupo de Cunha de questionar a sua manuten��o nesta fun��o. O argumento que seria usado � que ele pertence a um partido que faz parte do mesmo bloco parlamentar liderado pelo PMDB de Cunha. Serraglio ainda n�o decidiu quem vai substituir Elmar.
"Ficaria muito desconfort�vel em fazer algo contra um companheiro de partido", justificou Elmar. O deputado disse ainda que votar� pela cassa��o do peemedebista em plen�rio. Na manh� desta quarta-feira, Marcos Rog�rio lembrou que o novo foro de embate na Casa ser� a CCJ, onde Cunha ter� um prazo de cinco dias �teis para impetrar os novos recursos.
Rog�rio explicou que a comiss�o s� analisar� eventuais erros formais de procedimentos do Conselho de �tica e n�o o m�rito do pedido de cassa��o.
"N�o d� para desfazer a decis�o de m�rito", afirmou.
A CCJ vem sofrendo mudan�as de integrantes nos �ltimos dias, mas o relator no conselho acredita que as altera��es n�o v�o interferir no andamento do pedido de cassa��o. "N�o acredito que a CCJ dar� provimento a um recurso dentro do campo da atua��o pol�tica. Eu trabalhei com zelo para que a CCJ n�o questione o processo do Conselho de �tica", diz Rog�rio.