Petista prop�e que vota��o sobre futuro de Cunha ocorra em um domingo

Bras�lia, 15 - Satisfeito com o andamento do processo que pede a cassa��o do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o vice-l�der da bancada do PT na C�mara, Paulo Pimenta (RS), sugeriu que a sess�o plen�ria que decidir� o destino pol�tico do peemedebista ocorra num domingo. Na quest�o de ordem formulada pelo petista, ele defende que o processo contra Cunha seja analisado nos mesmos moldes da vota��o do afastamento da presidente Dilma Rousseff. A expectativa � que o pedido de cassa��o do peemedebista s� v� a vota��o em meados de julho.

"Solicito que a sess�o de cassa��o do mandato de Eduardo Cunha seja realizada em observ�ncia ao mesmo rito estabelecido para a vota��o do dia 17 de abril: num domingo � tarde, em processo de chamada nominal, com a aloca��o de um p�lpito no centro do plen�rio. Estou pedindo que vossas excel�ncias, que foram t�o cuidadosos, que tinham tanto interesse que o Brasil acompanhasse a sess�o contra Dilma, tenham a mesma conduta", pediu o petista.

Considerado um dos homens mais influentes da Rep�blica, o presidente afastado da C�mara viu ontem seu poder dar passos largos rumo ao fim. Em uma sess�o hist�rica do Conselho de �tica, marcada pelo voto aberto e no microfone, exatamente como imp�s na aprova��o do afastamento de Dilma, Cunha assistiu da resid�ncia oficial o colegiado aprovar o pedido de cassa��o de seu mandato. Sua chance de escapar da puni��o agora � se a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) aprovar um parecer mudando o rito de vota��o do processo por quebra de decoro parlamentar, o que permitiria a aplica��o de uma puni��o mais branda em caso de derrota da proposta de perda de mandato. A cassa��o do mandato ser� votada em plen�rio.

Ap�s 225 dias de tramita��o, idas e vindas proporcionadas por manobras regimentais de aliados do peemedebista que retardaram o andamento do processo disciplinar, o conselho aprovou por 11 votos a nove o parecer do relator Marcos Rog�rio (DEM-RO). Com os votos de Tia Eron (PRB-BA) e de Wladimir Costa (SD-PA), este �ltimo defensor de Cunha at� o �ltimo momento, os deputados conclu�ram que Cunha mentiu � CPI da Petrobras no ano passado ao negar que possu�a contas no exterior. N�o foi necess�rio o voto de desempate do presidente do conselho, Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA).