Rio e Bras�lia, 16 - A a��o penal da Opera��o Lava Jato que investiga o setor el�trico, em andamento na 7.� Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, est� na reta final. A estimativa � de que a senten�a em primeira inst�ncia seja dada at� julho.
O caso ter� desdobramentos, com a possibilidade de abertura de novos processos. Em uma das frentes, ser�o investigados novos crimes de cartel e fraude em licita��o na constru��o da usina nuclear Angra 3 - que foi alvo da 16.� fase da Lava Jato, chamada de Radioatividade.
Um dos indicativos de que haver� repercuss�es foi a recente cria��o de uma for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal no Rio, que ir� aprofundar as investiga��es de crimes de corrup��o na Eletronuclear.
Ex-governador
O grupo especial tamb�m atuar� em outros desdobramentos da Lava Jato que sejam remetidos ao Rio pelo Supremo Tribunal Federal. Entre eles, o suposto esquema de propina na reforma do est�dio do Maracan�, detalhado em dela��es de executivos da empreiteira Andrade Gutierrez. O ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB) � citado por ter supostamente recebido pagamento do cons�rcio respons�vel pela reforma, composto por Andrade Gutierrez e Odebrecht. Ele nega as acusa��es.
Membros da diretoria da Eletronuclear citados em depoimentos de executivos da Andrade Gutierrez devem ser investigados nessa nova etapa devido ao suposto recebimento de propinas no esquema das obras de constru��o de Angra 3. Foi apontado o superintendente de Constru��o da Eletronuclear, Jos� Costa Mattos, afastado do cargo ap�s ter sido envolvido nas acusa��es. Houve men��es tamb�m ao superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos, Luiz Messias, e ao diretor t�cnico Luiz Soares.
Outro ponto da investiga��o que ainda deve ser aprofundado � o suposto cartel e a fraude na licita��o das obras de montagem eletromec�nica na usina, a segunda fase da obra de Angra 3. Nos depoimentos, executivos da Camargo Corr�a narraram uma esp�cie de acerto entre as empresas que formavam os dois cons�rcios vencedores da licita��o.
A obra de montagem havia sido dividida em dois lotes e a combina��o foi pela sua fus�o com rearranjo da participa��o das empresas. O esquema foi confirmado posteriormente em dela��o da UTC Engenharia e da Andrade Gutierrez.
O caso envolve a Andrade Gutierrez, Odebrecht, Queiroz Galv�o, Camargo Correa, Empresa Brasileira de Engenharia (EBE), Techint Engenharia e Constru��es e a UTC Engenharia, todas integrantes do cons�rcio que tocava as obras de montagem de forma conjunta.
O ex-presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, � acusado de ter recebido propina da Andrade Gutierrez e da Engevix sobre contratos de obras da usina. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.