S�o Paulo, 16 - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que, se a vota��o do julgamento do impeachment fosse hoje, haveria ao menos 58 votos pelo afastamento definitivo de Dilma Rousseff, quatro a mais que o necess�rio para consolidar a decis�o. "Se tivessem que votar hoje, os senadores, o impeachment, ter�amos entre 58 e 61 votos, nenhum menos que 58.
"As raz�es, obviamente, n�o vou aqui revelar, nem nome nenhum, mas temos controle di�rio de v�rias fontes nossas l� dentro do Senado", disse o bra�o-direito de Temer a jornalistas, ap�s participar de evento em S�o Paulo. Conhecido por suas planilhas e por sua habilidade na articula��o pol�tica, Padilha lembrou que previu 368 votos pela abertura do processo de impeachment na C�mara e foram 367.
No Senado, na decis�o que afastou Dilma em 12 de maio, Padilha disse que seu grupo de trabalho previu 55 votos favor�veis � abertura do processo e foram de fato 55 votos. Padilha comentou brevemente a fala do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) de que n�o achava conveniente haver vota��o de medidas do ajuste fiscal, como da PEC que estabelece um teto para os gastos p�blicos, antes do julgamento definitivo do impeachment de Dilma.
Padilha disse que a afirma��o de Renan est� correta, passando a mensagem de que n�o h� inc�modo do governo com o presidente do Congresso Nacional. "Uma emenda constitucional, sabemos que passa por comiss�o especial, tramita��o na C�mara, no Senado. N�o h� tempo material para votar antes da vota��o do impeachment, portanto o que disse o senador Renan, em princ�pio n�s concordamos."
Padilha se recusou a comentar o processo de impedimento contra o Procurador-Geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, que Renan disse que pode aceitar. O ministro da Casa Civil alegou respeito � independ�ncia e harmonia entre poderes para evitar a quest�o. Com a mesma alega��o, n�o quis comentar o processo de cassa��o contra o peemedebista presidente afastado da C�mara, Eduardo Cunha (RJ).