
O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ainda avalia se cabe pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inqu�rito contra o presidente em exerc�cio, Michel Temer, com base na dela��o premiada do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado.
A eventual instaura��o de um procedimento contra Temer pode esbarrar no fato de que a Constitui��o determina que o presidente da Rep�blica n�o pode ser investigado ou processado por atos anteriores ao mandato vigente.
Foi com base nessa linha de racioc�nio que Janot deixou de pedir a instaura��o de um inqu�rito contra a presidente afastada Dilma Rousseff por conta da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que ocorreu em 2006, oito anos antes da reelei��o da petista em 2014.
A dela��o de Machado incluiu, pela primeira vez, de maneira mais direta, o nome do peemedebista no esc�ndalo investigado pela Opera��o Lava-Jato. At� ent�o, a avalia��o dos procuradores era que as cita��es a Temer por outros delatores que fecharam acordos com o Minist�rio P�blico se tratavam de men��es laterais e n�o eram suficientes para abrir um inqu�rito contra ele.
Em seus depoimentos, o ex-presidente da Transpetro afirmou que Temer pediu para que ele ajudasse a conseguir doa��es para a campanha de Gabriel Chalita � Prefeitura de S�o Paulo, em 2012. Ele disse que acertou o valor de R$ 1,5 milh�o e que Temer sabia que se tratava de recursos il�citos que seriam doados de maneira legal � campanha.
O delator tamb�m afirmou que Temer teria reassumido o comando do PMDB em 2014 para arbitrar a distribui��o de R$ 40 milh�es encaminhados pelo PT e conter a insatisfa��o de deputados que reclamavam da partilha desigual.
Temer negou as acusa��es de Machado. Em pronunciamento nesta quinta-feira, 16, ele classificou as afirma��es de "mentirosas" e "criminosas. Na quarta, o presidente em exerc�cio j� havia negado, por meio de uma nota oficial, ter feito qualquer pedido de "doa��o il�cita" a Machado.