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Estado de Minas

Pol�tico em campanha s� pensa na receita e n�o controla despesas, diz Pessoa

Para o dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, pol�ticos s�o "muito desorganizados a como conduzir uma campanha"


postado em 17/06/2016 09:37 / atualizado em 17/06/2016 09:53

S�o Paulo - "Pol�tico quando est� em campanha s� se preocupa com a receita e n�o controla despesas." A opini�o � do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, ao analisar os repasses de propinas que eram feitos em dinheiro em esp�cie para pol�ticos, em depoimento ao juiz federal S�rgio Moro, em Curitiba, nesta quinta-feira, 16.

O empreiteiro foi uma das testemunhas de acusa��o contra o marqueteiro do PT Jo�o Santana e o dono da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht.

"Isso significa que eles s�o muito desorganizados a como conduzir uma campanha. Como eles t�m muitas despesas pequenas, que somadas passam ser grandes, ent�o � muito mais f�cil eles receberem em esp�cie", disse Pessoa, delator da Lava Jato, em mais um depoimento prestado a Moro, desde que foi preso em 14 de novembro de 2014 - alvo da 7ª fase, Ju�zo Final.

Pessoa confirmou em ju�zo que pagava propinas ao PT, via ex-tesoureiro Jo�o Vaccari Neto, por ordem do ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque - indicado pelo partido ao cargo. E tamb�m que repassou valores em esp�cie, que n�o eram de propina, a pedido dos pol�ticos.

"No caso de Vaccari, a grande, quase absoluta, maioria (da propina), era depositada na conta do Partido dos Trabalhadores, a maioria no Diret�rio Nacional”, detalhou o dono da empreiteira UTC. Segundo ele, pelo menos R$ 2 milh�es foram repassados em esp�cie para Vaccari. "Foram solicita��es de Vaccari, ele pediu e eu dei em esp�cie", afirmou.

Pessoa tamb�m confirmou que, em 2012, a UTC fez pagamentos a uma gr�fica para a campanha do prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad (PT).

Questionado por advogados, o empres�rio confirmou em ju�zo o conte�do de suas dela��es em que relatou repasse de doa��es em esp�cie para o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), para o deputado federal Paulinho da For�a (PDT-SP) e para o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP).

No caso da doa��o a Alu�sio Nunes, l�der do governo interino no Senado, Pessoa disse que pagou em esp�cie a pedido dele e que os repasses n�o eram relacionados a propina, apesar de serem feitos fora do sistema de doa��o oficial � campanha ou ao partido. "Muitos pagamentos por fora foram feitos por solicita��o dos pol�ticos, mas n�o necessariamente estavam ligados a propina, muito pelo contr�rio."

Sistem�tica


Pessoa voltar a contar que as propinas eram cobradas ap�s fechamentos dos contratos. "A medida que se ganhava um contrato, n�s �ramos instados a fazer um pagamento, uma parte para "Casa", que � a Diretoria de Servi�os, outra parte para o partido pol�tico", explicou, ao ser questionado pela procuradora da Rep�blica Laura Tessler, da for�a-tarefa da Lava Jato.

"Renato Duque sempre encaminhou para Jo�o Vaccari Neto", afirmou o delator. "� medida que voc� assinava um contato de uma unidade, alguma presta��o de servi�o da Engenharia, ao conversar com pr�prio diretor Duque, ele lhe encaminhava e perguntava se tinha conversado com o senhor Vaccari, ao mesmo tempo que (Pedro) Barusco (que tamb�m era diretor da estatal) nos procurava para conversar sobre a participa��o deles." A procuradora quis saber o que era a participa��o. "Propina", confirmou o dono da UTC.

"Ao longo do tempo isso passou a ser autom�tico”, explicou Pessoa. Vaccari procurava a empresa e sabia sobre o "contrato, valores, tudo". "Geralmente era 1%, meio por cento para o partido, meio por cento atrav�s do Barusco para o que eles chamavam Casa (funcion�rios da Petrobras".

Moro ouviu ainda os depoimentos de Walmir Pinheiro Santana, funcion�rio da UTC, respons�vel pelas entregas de valores da empreiteira e o lobista Milton Pascowitch, operador de propinas da empreiteira Engevix.


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