Temer diz que vaia na abertura da Olimp�ada � 'inevit�vel'

O presidente em exerc�cio Michel Temer afirmou que ser� "inevit�vel" ouvir uma vaia na cerim�nia de abertura da Olimp�ada, no dia 5 de agosto, no Maracan�. Temer lembrou o dramaturgo Nelson Rodrigues: "No Maracan� at� minuto de sil�ncio � vaiado". O presidente reiterou que n�o se op�e � presen�a de Dilma Rousseff na festa. "Do meu �ngulo, n�o ser� complicado. Terei a mesma educa��o e cerim�nia que sempre tive", declarou.

Temer voltou a defender as investiga��es da Opera��o Lava Jato. "A Lava jato tem seu papel, deve prosseguir. Eu jamais paralisaria no plano pessoal. No plano institucional, � muito mais grave", disse.

O presidente lembrou que n�o s� pol�ticos foram envolvidos no esc�ndalo. "Muitos dos incriminados da Petrobr�s eram servidores", disse. O presidente reiterou que "apontados nas investiga��es n�o s�o condenados". "Inqu�rito � indaga��o", disse.

O projeto que regulamenta nomea��es para estatais e fundos de pens�o, proibindo indica��es pol�ticas, aprovado nesta noite no Senado, foi defendido por Temer. "� um projeto moralizante", afirmou Temer, embora tenha nomeado para a presid�ncia dos Correios o presidente interino do PSD, Guilherme Campos Junior. Segundo Temer, a nomea��o j� havia sido acertada antes de o governo enviar o projeto ao Congresso.

Cr�tico contumaz do n�mero excessivo de partidos pol�ticos, Temer disse que vai "incentivar muit�ssimo a reforma pol�tica". "Governar com muitos partidos � dif�cil; imposs�vel n�o �", disse. "� preciso compor uma base, as concess�es derivam da forma��o da base, mas n�o pode ceder a quem faz falcatruas", disse. (Luciana Nunes Leal)