Bras�lia, 29 - O deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF), relator do recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara, pediu mais prazo para entregar seu parecer. Fonseca se comprometeu em analisar o processo e apresentar seu relat�rio entre segunda e ter�a-feira da pr�xima semana (dias 4 e 5 de julho). Pelos c�lculos da CCJ, a vota��o do parecer deve ocorrer s� na semana de 11 de julho.
Oficialmente, o prazo para aprecia��o do recurso do peemedebista se encerraria na sexta-feira, 1�, mas o relator alegou que seria imposs�vel analisar as 65 p�ginas do pedido, mais de 5 mil p�ginas do processo disciplinar e os 16 itens questionados por Cunha em um curto per�odo.
Fonseca disse que vai trabalhar com t�cnicos da Casa no fim de semana para estar apto a apresentar seu parecer no per�odo acordado. "O que estou pedindo � razo�vel", afirmou.
Se o relator entregar seu parecer na segunda-feira, a CCJ convocar� a sess�o para as 24 horas seguintes. Caso o relat�rio seja lido na comiss�o na ter�a-feira, qualquer parlamentar poder� pedir vista de dois dias �teis - o que jogaria a vota��o dos recursos para a semana seguinte.
Considerando a hip�tese de a CCJ rejeitar todos os pedidos do peemedebista, o processo de cassa��o seguir� para a Mesa Diretora, que publicar� no Di�rio Oficial e ter� duas sess�es de prazo para incluir a representa��o por quebra de decoro parlamentar na pauta do plen�rio. Assim, as datas previstas para an�lise do pedido de cassa��o seriam 19 ou 20 de julho.
Fonseca disse que n�o foi procurado por aliados de Cunha, que n�o pediu para relatar o recurso e repetiu que far� um trabalho "t�cnico". "N�o tem press�o n�o", insistiu.
O presidente da CCJ, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), voltou a dizer que Fonseca era um dos nove membros da comiss�o que sobraram para a fun��o e que chegou ao nome do deputado por este ser um jurista - e que foi aconselhado por l�deres a n�o indicar ningu�m do PT ou do PSDB.
Serraglio disse que Fonseca ter� de apresentar um parecer convincente porque "n�o h� vaquinhas de pres�pio na CCJ". "A opini�o dele vai ser submetida ao crivo dessas pessoas", enfatizou.