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Estado de Minas

Dilma diz que Cunha � amea�a 'integral' a Temer e elogia soltura de ex-ministro


postado em 29/06/2016 21:37

Bras�lia, 29 - A presidente afastada Dilma Rousseff criticou o encontro entre o presidente em exerc�cio, Michel Temer, e o presidente afastado da C�mara, Eduardo Cunha, e disse que Cunha representa uma amea�a "integral" e "em todos os sentidos" ao governo interino. "Domingo passado o senhor Eduardo Cunha foi visitar o senhor presidente interino e provis�rio no Jaburu, n�o trataram de futebol certamente, agora trataram de quest�es que dizem respeito � governabilidade do Pa�s", disse, em entrevista ao Jornal do SBT. Interlocutores de Temer confirmam o encontro e dizem que Cunha foi ao Jaburu sem avisar, j� o presidente afastado da C�mara nega que tenha estado com Temer.

Segundo Dilma, mesmo que Cunha escape do processo de cassa��o � dif�cil acreditar que ele perder� sua influ�ncia na C�mara e no governo Temer. "Ser� que ele escapando ou n�o perder� o controle que tem sobre uma parte da C�mara? Ele deixar� de ter sido o grande fiador desse impeachment? Deixar� de exercer (influ�ncia) sobre todo o governo provis�rio?", disse. Questionada se acreditava que Cunha era uma amea�a ao governo Temer respondeu: "integral e em todos os sentidos".

Indagada se a decis�o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, de s� afastar Cunha depois do processo de impeachment ser aceito na C�mara, Dilma disse que isso poderia comprometer sim o andamento do processo, mas ressaltou que ele j� estava contaminado. "O processo tem um pecado original que tem nome: Eduardo Cunha."

Dilma disse que "dentro das possibilidades est� bem" e afirmou que vai recorrer ao STF caso o processo de impeachment avance no Senado. "(Se for aprovado) vai ser outra batalha no Supremo, sempre vai ter Supremo como �ltima inst�ncia", disse, ressaltando que o STF n�o est� endossando o processo. "Pelo contr�rio, (o Supremo) est� dizendo que a an�lise do m�rito n�o � deles enquanto os senadores n�o julgarem."

A petista afirmou que a per�cia feita pelo Senado comprova que o impeachment n�o tem base para avan�ar e que ainda pretende batalhar para barrar o processo no Senado. Na segunda-feira, 27, o corpo t�cnico do Senado respons�vel por elaborar uma per�cia do processo de impeachment entregou laudo que responsabiliza a petista pela edi��o de decretos de cr�ditos suplementares, mas que a isenta da atua��o nas chamadas pedaladas fiscais. "Acho que refor�a o caminho (dos argumentos no Senado). H� um golpe, porque a constitui��o prev� que para ter impeachment � preciso ter crime de responsabilidade e n�o tendo crime n�o pode ter impeachment", disse.

A presidente afastada tamb�m comentou a decis�o do ministro do STF, Dias Toffoli, de revogar a pris�o do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. "Eu considero que o Supremo tem tido uma posi��o bastante correta quando se trata de impedir que as pris�es passem a ser, que tenham outro sentido de n�o aqueles previsto na lei", disse. "Eu acredito que foi uma decis�o prudente e muito firme do Toffoli", afirmou.

Dilma tamb�m recha�ou a possibilidade de aparecer alguma irregularidade ligada a ela e a pagamentos ao marqueteiro de campanha Jo�o Santana na dela��o do empres�rio Marcelo Odebrecht. "Quem � o informante de dentro do processo de dela��o que come�a com essas informa��es? Eu paguei R$ 70 milh�es para Jo�o Santana, o candidato advers�rio pagou metade. O que eu tinha a mais de pagar que era necess�rio pagar caixa dois?", disse.

Novas elei��es

Dilma disse que n�o vai tomar a iniciativa de propor o plebiscito para novas elei��es caso volte ao poder, mas ressaltou que caso haja essa proposta por parte do congresso vai endossar. "N�o � assim simples. Uma coisa importante � manter a unidade daqueles que me apoiam num extremamente dif�cil momento", disse. "Essas pessoas t�m diferen�a de opini�o, alguns s�o a favor e outros contra. Se os 27 senadores me propuserem isso eu vou endossar, mas eu n�o vou tomar iniciativa de fazer isso", disse.

Olimp�ada

Dilma disse que ainda n�o foi convidada para a abertura dos Jogos Ol�mpicos, mas que tem vontade de comparecer e que acha justo que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tamb�m seja chamado. "Acredito que eventualmente serei convidada, gostaria por um motivo muito simples: fiz todas as tratativas, preparativos e obras. Eu me sinto m�e dessa Olimp�ada e o Lula � o pai, � justo que eu e Lula estiv�ssemos", disse.


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