Em entrevista feita em Bras�lia para a revista francesa semanal L'Express divulgada nesta quarta-feira, 29, Dilma Rousseff afirmou que Lula ser� candidato � Presid�ncia em 2018. A informa��o �, inclusive, uma das chamadas da capa da publica��o.
"� a raz�o principal do golpe de Estado: prevenir que o Lula se apresente � Presid�ncia. Hoje em dia, apesar de todas as tentativas de destruir a sua imagem, Lula continua entre as pessoas mais amadas. Eu posso te dizer que ele vai se apresentar na pr�xima elei��o", disse.
Questionada sobre como ela v� e espera a poss�vel confirma��o do afastamento no Senado, Dilma se disse profundamente injusti�ada quanto � forma como "foi tirada do poder". Na entrevista, ela ainda disse que n�o cometeu crime de responsabilidade, mas que apenas aprovou quatro decretos para cr�ditos suplementares a fim de financiar, principalmente, hospitais.
"N�o sou o primeiro presidente a agir assim. O Fernando Henrique Cardoso aprovou 23 decretos similares. Na verdade, [a acusa��o] � apenas um pretexto."
No decorrer da entrevista, Dilma voltou a defender o PT, a falar que n�o sabia do esquema de corrup��o na Petrobras e a criticar os grampos divulgados pelo juiz federal S�rgio Moro. "N�o importa o pa�s do mundo, divulgar o registro de uma conversa do chefe de Estado seria um crime."
Dilma ainda citou a queda de tr�s ministros do governo interino por corrup��o e que o momento pol�tico no Brasil "� grave".
Viol�ncia no Rio
As seis p�ginas seguintes � entrevista com a presidente afastada s�o dedicadas � viol�ncia das favelas cariocas e a prepara��o do Brasil para a Olimp�ada. Com o t�tulo de "As favelas, sangue de cima a baixo", em tradu��o livre, o texto fala de diversos casos problem�ticos como o resgate ao traficante Fat Family no hospital Souza Aguiar, da Rocinha como "longe" de ser exemplar e do desaparecimento do Amarildo, at� hoje n�o explicado.